A coordenadora de Segurança Pública (EaD) da Unisanta, prof. Fabíola Adami, integrou a equipe do curso de formação comunitária da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Barra do Una. O curso integra o programa “Recuperação Socioambiental da Serra do Mar e Sistema de Mosaicos da Mata Atlântica”, ação do Governo do Estado de São Paulo e Fundação Florestal, com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e abordou aspectos de segurança relacionados às atividades pesqueiras na região e seus desafios, destacando questões do setor extremamente relevantes à comunidade, como: infraestrutura básica, desastres, patrimônio, transporte, saúde, educação, monitoramento ambiental, etc.
Fabíola Adami é advogada, formada também em Gestão Educacional. Consultora educacional, colaboradora do Instituto IPECS de Segurança Pública Municipal e membro do Grupo de Excelência em Gestão de Instituição de Ensino Superior do CRASP desde 2003.
O objetivo do trabalho é a instrução das famílias diretamente ligadas ao ramo da pesca em zonas de preservação ambiental (no caso, Unidades de Conservação na Serra do Mar), tendo em vista o fornecimento de meios adequados de manejo dos recursos naturais e a potencialização das atividades econômicas no setor, resultando em uma melhoria na qualidade de vida dessas comunidades tradicionais e na manutenção sustentável do ecossistema de um bioma tão relevante e escasso (Mata Atlântica).
Docente da Unisanta, Fabíola Adami destaca a importância dessa iniciativa realizada por órgãos oficiais, públicos e privados: “É a abertura de espaço para o exercício da cidadania. Os recursos e os ambientes preservados sofrem ameaça constante da interferência humana e precisam de apoio para, ao mesmo tempo, promover seu desenvolvimento sustentável e acesso às políticas públicas”.
As áreas contempladas pelo programa “Recuperação Socioambiental da Serra do Mar e Sistema de Mosaicos da Mata Atlântica” apresentam algumas das mais importantes e bem preservadas reservas florestais remanescentes da Mata Atlântica, bioma cuja área é habitada por 72% da população brasileira, além de ter apenas 12,4% de sua cobertura original (fontes: IBGE e SOS Mata Atlântica).
A biodiversidade e o patrimônio sociocultural dessas zonas de conservação são inestimáveis para o mundo, mas se veem ameaçados pela pressão urbana, com projetos de infraestrutura básica (como estradas, portos, linhas de transmissão, entre outros) e moradias não autorizadas, além do turismo desordenado, o extrativismo e a caça. Sem contar a situação marinho-costeira da região paulista, com indicadores nítidos de exploração pesqueira excessiva e desordenada, somada aos impactos quantitativos e qualitativos relacionados com a poluição doméstica e industrial.
Em síntese, o programa pretende promover a conservação, o uso sustentável e a recuperação socioambiental da Serra do Mar, no território do Mosaico de Unidades de Conservação (UC) “Jureia-Itatins”, gerando com isso benefícios sociais e ecológicos, promovendo a efetiva proteção da biodiversidade dos ambientes terrestres e marinhos.