colaborou Vitor Oliveira
As classes de Mecânica dos Fluidos e Sistemas Fluidomecânicos II, matérias respectivamente de quarto e oitavo semestre de engenharia, apresentaram seus projetos finais em competições educativas. Os trabalhos foram administrados pelo coordenador do curso de Engenharia Mecânica, Dr. Carlos Alberto Moino, que também mediou a competição entre os grupos, no sábado (07/12).
A proposta aos alunos de Mecânica dos Fluidos do 4º semestre foi o desenvolvimento de uma espécie de “braço mecânico hidráulico”, colocando os conceitos aprendidos em prática de forma lúdica, com uma competição de basquete “um contra um” entre os grupos, no modelo de eliminatórias.
O projeto aplica os princípios de Pascal e Stevin. O primeiro afirma que um acréscimo de pressão exercido em qualquer ponto de um fluido é transmitido para todo o fluido. Já o princípio de Stevin permite calcular a pressão de um líquido em repouso, tendo em uma das suas conclusões a observação de que, quando em equilíbrio, as pressões de um líquido são iguais em todos os pontos da mesma horizontal.
Rafaela Casanova, aluna do segundo ano de Engenharia Química, conta que todo o processo de elaboração do braço mecânico levou de dois a três meses. O seu grupo de quatro pessoas usou o InovFabLab para a fabricação das peças, e a montagem aconteceu no Laboratório de Operações Unitárias. Rafaela contou o maior desafio no trabalho: “O mais difícil foram as conexões, porque o braço ficou grande e pesado, então às vezes agente colocava e a linha escapava, entrava bolha de ar na linha ou a água vazava”.
A matéria do oitavo semestre de engenharia, Sistemas Fluidomecânicos II, teve como desafio a fabricação de uma “aranha mecânica” por grupo, com corridas eliminatórias no dia da entrega. Os tais insetos se movimentam por um sistema de engrenagens alimentado por motores, sendo que o deslocamento das pernas é controlado pelos alunos, o que coloca a habilidade do operador como um diferencial na corrida.
Um dos futuros engenheiros envolvidos, Lucas de Jesus dos Santos, construiu com mais quatro colegas um robô aracnídeo intitulado “Megatron”. Santos comenta que a aranha mecânica, projetada no software SolidWorks e fabricado também no InovFabLab, conta com dois motores de seis volts (unidade de tensão elétrica) e que todo o processo até a montagem durou duas semanas. Segundo o estudante do quarto ano, a parte mais difícil do processo foi o encaixe das engrenagens, pois, para gerar movimento, “a transmissão (de movimentos rotativos entre eixos) precisa ser perfeita”.