Promover ativamente o papel das mulheres e meninas na ciência oferece uma oportunidade crucial para garantir sua formação e desenvolvimento de habilidades de maneira plena e igualitária. Por isso, em 2015, a Unesco, junto com a ONU Mulheres, instituiu o Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência, para dar visibilidade às suas contribuições.
Na Unisanta, a equipe de estagiárias e sua coordenadora destacam a diversidade. Elas demonstram toda sua dedicação pela biologia e expressam o desejo de adquirir cada vez mais conhecimento para preservar todas as espécies possíveis de plantas da região da Baixada Santista.
O que é o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência?
A Assembleia das Nações Unidas estabeleceu o Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência, celebrado em 11 de fevereiro, em 2015. Seu objetivo é destacar o papel crucial das mulheres nas áreas de pesquisa científica e tecnológica. A data promove atividades em diversos países para dar visibilidade às contribuições das mulheres nessas áreas e para abordar as barreiras de gênero ainda presentes.
Dados da ONU e da Unesco revelam uma representação feminina de menos de 30% entre os pesquisadores em todo o mundo, evidenciando a necessidade contínua de esforços para garantir a igualdade de participação, especialmente em campos como ciência, tecnologia, engenharia e matemática.
Além disso, reconhece que a recuperação econômica e o progresso global estão intrinsecamente ligados à participação das mulheres nas áreas de ciências, tecnologia, engenharia e matemática. Espera-se que elas representem a maioria dos futuros postos de trabalho nessas áreas.
Como começou o herbário?
Há mais de 20 anos, alunos e professores da Unisanta guardam e estudam a Botânica da Região através do herbário da Universidade Santa Cecília (HUSC). A professora Zélia Rodrigues de Mello inaugurou, por sua iniciativa, o laboratório de Biologia em 20 de junho de 1998. Ela procurou o Instituto de Botânica de São Paulo em busca de aperfeiçoamento na área de Botânica.
Logo conheceu, na ocasião, a doutora Olga Yano, especialista em briófitas, que colaborou com suas orientações nas atividades de campo, com técnicas de coleta, herborização e identificação dos diversos grupos vegetais, envolvendo também a especialista em pteridófitas, Elisabete Lopes.
Confira a história completa aqui.
Como funciona o projeto?
O herbário preza pela preservação das espécies através de estudos sobre elas, desenvolvendo, assim, um domínio maior da educação ambiental. Amanda Ribeiro Pereiro, de 21 anos, do curso de Ciências Biológicas, relata como conseguem identificar as espécies daquela região e evitar problemas ambientais
“O nosso herbário é regional, temos o domínio de plantas aqui de Santos, Guarujá ou até Cubatão. Por exemplo, no caso das briófitas, podemos até reflorestar se for necessário, então uma espécie que teria morrido e até ser ‘extinta’, conseguimos salvar”, explica.
Mas afinal o que é um herbário?
O herbário é um conjunto de plantas preservadas, organizadas segundo um sistema determinado. Ele serve como material de pesquisa para todas as áreas da ciência que utilizam os vegetais como objeto de estudo. Todo o trabalho científico que de alguma forma envolva plantas precisa ter um material comprobatório depositado em um herbário.
O tipo mais usual de preservação é a desidratação, obtida através da herborização. Nesse método, as amostras de plantas são secas sob pressão, entre folhas de papel absorvente, em pranchas de madeira, tecnicamente conhecidas como prensas. As amostras preparadas podem ser secas em estufas ou ao sol.
Depois de mantidas em condições constantes de temperatura e umidade e protegidas contra insetos, as plantas podem ser preservadas indefinidamente. Após secagem, as futuras biólogas fixam as plantas em cartolinas e adicionadas a um rótulo. No rótulo, são anotadas as informações sobre o local de coleta e as características não preserváveis pela amostra, como odor e cor das flores e frutos.
Hoje, o grupo de sete estagiárias do herbário demonstra profundo amor e dedicação pelo trabalho. Elas expressam o desejo contínuo de ampliar seu conhecimento para a preservação de todas as espécies vegetais da região.
“A Zélia é uma orientadora maravilhosa, e tudo que aprendemos aqui provavelmente vamos levar muito para a vida, em relação a cuidar do meio ambiente e cuidar das plantas”, disse Maria Catarina Acquaroli, de 20 anos, do curso Ciências Biológicas.