A saúde mental no esporte só recebe atenção quando um atleta famoso decide compartilhar suas experiências. No entanto, ainda há muita resistência, preconceito e desinformação no ambiente esportivo.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a saúde mental é um estado de bem-estar que permite o desenvolvimento de habilidades para enfrentar os desafios da vida.
É fundamental compreender que a saúde mental envolve múltiplos fatores, contribuindo para o desenvolvimento individual e para a maneira como apoiamos os outros nesse processo.
Como é vista a saúde mental na prática esportiva atualmente?
Atletas são frequentemente vistos como ícones de força e resiliência, e demonstrar vulnerabilidade nunca foi bem aceito na arena competitiva. A cultura do “no pain, no gain” ensina que o caminho para o sucesso no esporte exige sacrifícios, renúncias e dores. No entanto, não é necessário esgotar fisicamente e mentalmente um atleta para alcançar a excelência.
É essencial que todos os envolvidos compreendam que é possível prevenir e tratar questões de saúde mental no esporte, desde que haja conhecimento sobre o assunto e comprometimento.
O excesso de treinamento e a falta de recuperação adequada podem levar ao overreaching e, eventualmente, ao overtraining, uma síndrome que pode incluir sintomas de depressão. Atualmente, existem vários recursos para controlar a carga do atleta e avaliar como ele está do ponto de vista psicológico.
Destaque para saúde mental na prática esportiva
Desde os Jogos Olímpicos de Tóquio, a temática está muito em debate, além de Simone Biles, que decidiu colocar sua saúde mental em primeiro lugar e não competir, outros atletas como a tenista japonesa Naomi Osaka, as medalhista olímpica Rebeca Andrade Rayssa Leal falam abertamente como a psicologia esportiva é um dos principais trunfos para alcançar o topo.
Com o avanço contínuo em desenvolvimento, inovação e tecnologia nas ciências do treinamento, profissionais empregam constantemente novas ferramentas e métodos para lidar com todas as variáveis que afetam o rendimento esportivo. Hoje em dia, um atleta que conta com uma equipe interdisciplinar atualizada entende que mudanças no humor, desmotivação e sinais de perda de prazer no treino podem estar diretamente ligados a déficits na recuperação física e emocional.
E como funciona a psicologia esportiva?
Nesta área, busca-se promover a saúde mental e o bem-estar dos atletas para que eles alcancem o melhor desempenho nos torneios. Muitos esportistas enfrentam dificuldades em lidar com a pressão interna e externa no meio esportivo, o que tem levado a um aumento na procura por psicólogos, tanto por atletas quanto por treinadores.
A psicologia esportiva tem ganhado cada vez mais importância, consolidando-se como um pilar fundamental do alto rendimento e demonstrando que atletas profissionais também enfrentam estresse, pressão e desafios, assim como qualquer outra pessoa.
Na Unisanta, o Serviço-Escola de Psicologia “Prof. Me. Aurélio Moschin” oferece atendimento psicológico supervisionado à comunidade, proporcionando um espaço de cuidado, compreensão e apoio emocional.