“Aliviar a dor é obra divina”, já disse Hipócrates, “pai” da Medicina e um dos primeiros a realizar tratamentos para a coluna vertebral, iniciando o que seria no futuro uma das diversas áreas de atuação e pesquisa da Fisioterapia. E é uma profissional dessa área, Juliana Regis da Costa e Oliveira, que traz, mais uma vez, orgulho à sua alma mater, a Universidade Santa Cecília.

Formada na Unisanta em 2006, Juliana sempre optou por, como ela mesma diz: “muito trabalho e dedicação” ao longo de sua trajetória profissional. Logo após se graduar, já fez sua primeira especialização na área Neurofuncional da Fisioterapia, pela Santa Casa de São Paulo. No final do curso, prestou e passou em primeiro lugar em um concurso público para a Prefeitura de São Caetano do Sul. A fisioterapeuta comprovou, mais uma vez, sua determinação, ao ser aprovada um ano depois em outro processo seletivo, desta vez para a Prefeitura de São Bernardo do Campo. Passou, então, a trabalhar em dois períodos: de manhã em São Caetano do Sul e de tarde em São Bernardo do Campo.

Foi no seu trabalho vespertino, onde ela atendia pacientes em estado crítico, que surgiu a ideia de começar outra especialização, dessa vez em Fisioterapia Respiratória pela UNIFESP, em São Paulo. Continuou estudando, mesmo ao final da especialização, quando se mudou para São Bernardo do Campo e iniciou seu mestrado em Saúde Pública pela Faculdade de Medicina do ABC, onde se formou em 2013.

Após dois meses de seu título de mestra, se aventurou em uma nova área, lecionando na cidade de Jundiaí. Nessa época, Juliana se equilibrava, por mais incrível que pareça, nos três empregos e entre as três cidades citadas.
Em 2015, a fisioterapeuta iniciou seu doutorado pelo Departamento de Cardiologia da UNIFESP/SP. Neste mesmo ano e no seguinte, se afastou de seus trabalhos em São Caetano do Sul e São Bernardo do Campo, respectivamente.

Suas metas e perspectivas profissionais sofreram um desvio radical no ano de 2017 quando, durante seu doutorado, Juliana foi aprovada em um processo seletivo (mostrando grande aptidão nessa área) para obter uma bolsa de estudos no exterior, o chamado “doutorado sanduíche”, em que o estudante tem a chance de fazer parte do seu curso em outra instituição brasileira ou internacional. Escolheu a Austrália, para poder aprender com uma das melhores professoras do setor, a Profa. Lidia Morawska.

Deste modo, partiu rumo à Oceania para complementar seus estudos na Queensland University of Technology (QUT), uma das melhores instituições da área no mundo. O seu período de estadia, entre março de 2017 e abril de 2018, foi suficiente para Juliana se apaixonar pelo país e desejar seguir sua vida e carreira em território australiano. Ao pesquisar as possibilidades de imigrar exercendo a profissão, a fisioterapeuta encontrou um processo de reconhecimento de diploma por análise documental, que encaixava com sua situação.

De volta ao Brasil, Juliana não hesitou em iniciar sua jornada para a regulamentação profissional no exterior. Foi até a Unisanta e confirmou com seus antigos professores, Dr. Ivan Cheida e Dr. José Portolez, a possibilidade do reconhecimento. Começou, assim, o processo, que consiste em responder a perguntas baseadas nos documentos oficiais da instituição.

O processo se iniciou em agosto de 2019 com o envio dos documentos requeridos na plataforma on-line e pagamento de taxa ao Conselho da Austrália. A análise, que dá a resposta em torno de oito semanas, informou já em outubro de 2019 que eram necessários alguns documentos adicionais para ratificar a regulamentação, um impasse para Juliana, que já se encontrava na Oceania desde agosto do mesmo ano. A solução veio na ajuda conjunta de seus familiares e do prof. Dr. Portolez, que conseguiram inserir e postar todos os documentos complementares em janeiro de 2020. E, até a resposta oficial, passaram-se mais oito semanas.

Já em março de 2020, recebeu por e-mail a feliz notícia de que o seu curso de Fisioterapia, realizado na Unisanta entre os anos de 2002 e 2006, equivaliam com um realizado na Austrália. Após oito meses de muito trabalho com a documentação, o resultado foi bem mais do que positivo.

“Com esse certificado de equivalência, mais a prova de proficiência em inglês, já posso me inscrever no Conselho de Saúde na Austrália e trabalhar como fisioterapeuta”, comemora Juliana, que se prepara para o teste de inglês a ser realizado em maio deste ano (que nem parece um desafio tão grande assim, se posto em perspectiva) e para uma nova e vitoriosa fase de sua vida. Nunca se esquecendo, mesmo consideravelmente longe, de sua universidade de formação e dos docentes que tanto a ajudaram. Se existe uma coisa de que a vida profissional da fisioterapeuta Juliana Regis da Costa e Oliveira já é bem suprida, é experiência.

Reconhecimento na Austrália é mais uma conquista da Fisio Unisanta – A atual situação de Juliana, que inclui a possibilidade de trabalhar e estudar em solo australiano, na vanguarda da Fisioterapia mundial, só é uma realidade pelo reconhecimento do curso pelo “The Australian Physiotherapy Council” (Conselho Federal de Fisioterapia da Austrália) que incluiu a Unisanta em um seleto grupo com apenas sete outras instituições nacionais, que tem o privilégio de validação dos certificados de seus alunos formados entres os anos de 2002 e 2006, facilitando, assim, relações profissionais ou acadêmicas com o país da Oceania.