Abril Verde, mês da segurança do trabalho, tem mensagem potencializada em meio à pandemia

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No mês de abril, o setor trabalhista se tinge de verde e convida a sociedade para a defesa de uma pauta substancial para o progresso de qualquer país, a segurança e saúde do trabalho. O movimento internacional, que tem seu ápice no dia 28 do mês (Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes de Trabalho), é abraçado pela Universidade Santa Cecília (Unisanta), que valoriza tal assunto a ponto de contar com uma Pós-Graduação Lato Sensu em Engenharia de Segurança do Trabalho.

Voz atuante na pauta do Abril Verde e em outros temas, o diretor da Faculdade de Engenharia da Universidade Santa Cecília, Prof. Dr. Aureo Emanuel Pasqualeto Figueiredo, possui vasta experiência no Porto de Santos e fala sobre os desafios na manutenção das condições adequadas de trabalho neste ambiente gigantesco de trabalho: “O porto é um mundo complexo e envolvente, na época (que começou) mais de 16 mil pessoas trabalhavam nas operações portuárias. […] As obras de infraestrutura já contavam com uma razoável mecanização com equipamentos de elevação e transporte de e para os navios. Um complexo de pessoas e de equipamentos, trens, caminhões empilhadeiras, guindastes circulando pela faixa do cais e instalações resultavam em milhares de acidentes ao ano”, explica.

Ainda segundo o engenheiro, “progressivamente, empresas e profissionais sérios entenderam o quanto a prevenção pode trazer em qualidade aos empreendimentos, evitando efeitos danosos com dor e sofrimento às pessoas e prejuízos materiais. Mas ainda vivemos o paradoxo da falta de técnicos e engenheiros olhando para a produção segura.”. O Dr. Pasqualeto credita tal escassez de profissionais qualificados à persistência de um preconceito do meio, que, por puro desconhecimento ou desatenção nos resultados efetivos de redução de acidentes (principalmente os de maior gravidade), desestimula a formação na área.

“Neste momento de pandemia e isolamento social, cuidados especiais são requeridos principalmente para aqueles que seguem em atividades laborais. Conhecer os riscos potenciais e eliminá-los por medidas preventivas, treinamento e capacitação é o grande objetivo da nova redação das normas, em reestruturação. As organizações têm muito a ganhar com a regularidade dos processos e da produção. Os trabalhadores também, com tranquilidade e segurança para bem cumprir suas atividades e obter a remuneração por sua dedicação e esforço”, afirma.

O docente da Unisanta faz ainda um esboço do futuro da Engenharia de Segurança no Trabalho: “Em tempos de modernização da legislação, valoriza-se a conscientização de empresas e profissionais. A chamada flexibilização é um caminho para a modernidade com responsabilidade. O Meio Ambiente do Trabalho continua sob tutela dos empregadores. A autodeclaração não exime responsabilidades, ao contrário, endereça o compliance para uma dimensão declaratória. Em vez de dizer que cumpriu todas as normas, o responsável declara que o trabalho é seguro. Remete à ‘rede de segurança’ de dizer que cumpriu normas amplas e generalistas para seu próprio âmbito de análise, prevenção e responsabilidade integral. […] Enganam-se muito os que consideram que as modificações sejam apenas meio de reduzir custos com prevenção”.

Pós em Engenharia de Segurança do Trabalho – Iniciado na Unisanta em 1976, o tradicional curso de Especialização Lato Sensu em Engenharia de Segurança do Trabalho é voltado exclusivamente para graduados em Engenharia, Arquitetura e Agronomia. Sob a coordenação do Prof. Me. Eng. Elio Lopes dos Santos, o curso visa à preparação de um profissional completo e capaz para tal setor e habilita ao exercício profissional da Engenharia de Segurança do Trabalho, de acordo com a Lei Federal nº 7410, de 24/11/85, Decreto Federal nº 92530, de 09/04/86, e Resolução nº 359/91 do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA).

Inscrições abertas neste link.

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