O fenômeno da maré baixa, percebido na região da Baía de Santos na semana passada, foi noticiado pelo Jornal A Tribuna e pelo Balanço Geral, da Record Litoral/Vale, que consultou o Núcleo de Pesquisas Hidrodinâmicas da Unisanta como fonte.
Na matéria do Balanco Geral, exibida no dia 28 de agosto, foi entrevistado Matheus Ruiz, pesquisador do NPH-Unisanta, que declarou que a Lua e condições meteorológicas influenciam em uma maré menos elevada.
“Como a gente está em uma condição de Lua Nova, a maré alta fica mais alta e a maré baixa fica mais baixa. Associado a isso temos a atuação de um anticiclone na região oceânica, que tende a provocar ventos intensos e constantes no oceano e não em terra. E esses ventos, oriundos do quadrante leste, nordeste, tendem a provocar uma subelevação do nível do mar. Ou seja, tendem a provocar um afastamento da água aqui na região costeira”, conta Matheus.
No Jornal A Tribuna da edição de 29 de agosto, foi divulgado um informe do recuo da maré pelo NPH-Unisanta – Núcleo de Pesquisas Hidrodinâmicas. Para essa matéria foi entrevistada Alexandra Sampaio, engenheira civil e coordenadora do NPH. Ela explicou que o fenômeno “é mais comum durante o inverno, provocado por ventos intensos que retiram água da costa e fazem descer o nível do mar”, afirmou Alexandra.
Os riscos do fenômeno estão “associados à navegação, pois podem tornar mais difíceis as operações de atracação e desatracação e a navegação em locais rasos. Ou, até, impossibilitá-las, dependendo da intensidade do evento e das características locais”, explicou a coordenadora do NPH. Quanto aos benefícios, estão o favorecimento da limpeza, inspeção e manutenção de estruturas costeiras.