Os alunos do Curso de Biologia da Universidade Santa Cecília (UNISANTA) e o professor pesquisador Eduardo Ribeiro Filetti começaram um novo mapeamento da população de pombos, em Santos. O médico veterinário e 80 alunos dos 2º e 3º anos estão coletando amostras dos dejetos das aves para análise, em 29 pontos no Município, especialmente na orla da praia e na faixa portuária.
Segundo o pesquisador Filetti, o principal objetivo da análise é constatar se as aves apresentam parasitas que possam oferecer riscos à saúde das pessoas. “Santos é uma cidade plana, tem uma intensa movimentação de grãos pelo Porto e, para completar, nenhum animal predador a pombos. Assim, estas aves têm um ambiente propício para proliferar”, conta ele.
O trabalho tem o objetivo de auxiliar a administração pública da Cidade na definição de metas de controle a natalidade das aves. A pesquisa deverá estar concluída num prazo de dois meses.
Pesquisa – A coleta de amostras está sendo feita pelos universitários todos os sábados e domingos. Segundo o professor, para recolher os dejetos são colocados plásticos no chão, nos pontos pré-determinados, com grãos. Na análise das fezes é utilizada a técnica de bioestatística, por meio da qual se calcula a população de aves desde o primeiro levantamento feito em 1995. Na época, a população de pombos estava estimada em 100 e 120 mil aves, e as fezes não apresentavam riscos à saúde humana, segundo o pesquisador.
Pombos – Pesquisas mostram que o contato com as fezes dos pombos pode causar problemas respiratórios, renais e outros, como meningite, encefalite e histoplasmose. Os parasitas naturais que carregam no corpo podem causar alergias.
Além disso, suas fezes ocasionam a descoloração de pinturas, corrosão de superfícies de alvenaria e metal, além do apodrecimento de madeiras devido à composição química das secreções.