Telemedicina: entenda mais sobre a área!

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Atualmente, as soluções de medicina a distância estão cada vez mais democratizando o acesso à assistência de qualidade. Apenas com um computador ou um smartphone conectado à Internet, os pacientes podem receber atendimento médico on-line.

No entanto, surgem dúvidas sobre a eficácia desse ramo da saúde, que promete ser o futuro na área. Neste post, vamos explorar mais detalhes sobre a telemedicina, contando com o apoio do cardiologista e um dos professores fundadores da Fefesp – Unisanta, o Dr. Hermes Toros.

O que é telemedicina?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a telemedicina é definida como “a entrega de serviços de saúde, onde a distância é um fator crítico, por profissionais de saúde usando tecnologias de informação e comunicação para o intercâmbio de informações válidas”.

Também, segundo o Art. 1.º da Resolução CFM 2.314/2022, a telemedicina é definida como: “O exercício da medicina mediado por Tecnologias Digitais de Informação e de Comunicação (TDICs), para fins de assistência, educação, pesquisa, prevenção de doenças e lesões, gestão e promoção de saúde”.

O objetivo é o tratamento e prevenção de doenças e lesões, pesquisa e avaliação, além de educação continuada de profissionais de saúde e treinamento.

O Dr. Hermes ressalta como a telemedicina se caracteriza por uma nova forma de cuidar, que utiliza ferramentas modernas, como prontuários eletrônicos e dispositivos de captação de sinais vitais e que garante privacidade.

“Dessa forma, vem se tornando uma alternativa interessante para uma série de necessidades não atendidas, especialmente a grupos específicos de pacientes não contemplados pelo atendimento convencional.”

Por meio de um software específico, um aplicativo de mensagens ou uma chamada de vídeo, o objetivo é conectar pacientes e médicos. A partir dessa conexão, é possível realizar consultas, esclarecer dúvidas, fazer diagnósticos e orientar tratamentos, muitas das tarefas necessárias para um atendimento completo e com excelente qualidade.

A legislação e as normas médicas em todo o mundo já legalizaram e garantem a aplicação segura da telemedicina. Assim, garantindo o sigilo profissional, a guarda e a proteção dos dados do atendimento, respeitando a Lei de Proteção de Dados.

Qual a diferença entre telemedicina e telessaúde?

A telessaúde engloba diversas atividades voltadas para a promoção da saúde por meio de ferramentas de comunicação tecnológicas, e a telemedicina se destaca como um de seus segmentos principais. Dentro desse contexto, a telemedicina se desdobra em quatro formas de atendimento ou consulta:

  • Teleinterconsulta: Envolve a troca de informações e opiniões entre dois médicos, visando à colaboração para um diagnóstico mais preciso e assertivo.
  • Telemonitoramento: Consiste em supervisionar ou monitorar pacientes a distância, permitindo o acompanhamento contínuo de sua saúde e a detecção precoce de eventuais problemas.
  • Teleorientação: Refere-se à orientação e encaminhamento de pacientes por meio de atendimento remoto. Nesse contexto, os profissionais de saúde realizam direcionamentos para o próximo passo no cuidado com a saúde.
  • Teleconsulta: Trata-se de uma consulta médica realizada a distância, geralmente por meio de chamadas de vídeo. Durante essa consulta, o médico pode realizar diagnósticos, prescrever medicamentos e fornecer orientações de tratamento.

Qual a origem da telemedicina?

A ideia de conectar médicos a distância não é nova. Desde os anos 50, alguns hospitais usavam televisões para alcançar pacientes em áreas remotas. O grande marco inicial foi em 1967, quando o Hospital Geral de Massachusetts criou uma linha de comunicação remota para ajudar médicos em aeroportos.

Alguns historiadores também ressaltam a importância do estetoscópio eletrônico, inventado em 1910, como o precursor da telemedicina. Ele permitia a transmissão de sinais vitais a longas distâncias, facilitando a comunicação entre médicos. Durante as guerras mundiais, profissionais de saúde distantes também utilizaram o rádio para se conectar e monitorar os sinais vitais de soldados.

No Brasil, as primeiras experiências de telemedicina surgiram em 1990, e em 2002 foram estabelecidas as primeiras regulamentações. Em 2020, com a pandemia de Covid-19, a Lei 13.989 foi promulgada para melhor regulamentar a prática.

O docente pontua como é possível ampliar a integrar todos os cenários de saúde, garantindo educação, orientação e assistência: “Por exemplo, examinar pacientes em áreas remotas, levar atendimento profissional especializado e até orientar cirurgias”, voltado para nosso país.

Quais são os desafios da telemedicina?

Uma das principais preocupações relacionadas à telemedicina é que a segurança das informações dos pacientes, que passam a ser armazenadas na web. No entanto, devido aos rígidos protocolos de segurança, o sistema de telemedicina é praticamente inviolável, ao contrário dos antigos controles em papel, que eram passíveis de perdas, alterações e diversas inconformidades.

As plataformas de telemedicina alinham-se aos princípios médicos e apoiam a oferta de atendimento humanizado, seguro e alinhado às demandas dos pacientes. O Conselho Federal de Medicina exige extremo rigor nos regulamentos ligados a consultas, diagnósticos, exames, imagens e dados gerados ou atualizados via telemedicina.

Xavier, no entanto, salienta que não se pode perder a noção de que o atendimento médico presencial é fundamental e contempla a necessidade real dos pacientes, mesmo que em grau crescente de complexidade.

“Se faz necessário um melhor conhecimento das possibilidades resolutivas das teleconsultas em atender as necessidades dos pacientes. Integrar harmoniosamente as duas modalidades é a melhor forma”, comenta ele.

Além disso, as plataformas de telemedicina contam com recursos que otimizam a organização médica, cruzamentos de dados de saúde e tecnologias de inteligência artificial.

Qual a importância da telemedicina?

A telemedicina traz uma série de benefícios para a área da saúde, melhorando processos, reduzindo custos e riscos. Ao dispensar deslocamentos e intervenções presenciais, ela elimina barreiras geográficas e amplia o acesso à medicina. Isso permite uma maior troca entre especialistas de diferentes áreas, facilitando o aperfeiçoamento profissional dos médicos.

Desde 1990, a OMS reconhece a importância dessa área médica, em especial para casos em que a distância é um fator crítico para a oferta de serviços ligados à saúde. “Cada vez mais a tecnologia ditará a velocidade da evolução do conhecimento e da assistência na área da saúde. Essa noção nos guiará a uma melhor compreensão das formas de atender as necessidades dos vários cenários populacionais”, esclarece o docente.

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Além disso, a telemedicina melhora a qualidade dos diagnósticos, torna os tratamentos mais efetivos e promove avanços na área de forma mais rápida. Ela oferece soluções confiáveis, acessíveis e práticas, proporcionando comodidade tanto para médicos quanto para pacientes.