Doença degenerativa não tem cura e afeta meninos, causando fraqueza muscular progressiva.
Julia Moura, estágio acadêmico
A professora do curso de Fisioterapia da Universidade Santa Cecilia, Vivian Vargas, falou com a AT Revista sobre a Distrofia Muscular de Duchenne (DMD), doença genética que atinge meninos e que não tem cura. Publicada na edição deste domingo (15/09), a matéria reuniu relatos de mães e médicas nas páginas 16 e 17.
A DMD é uma doença genética ligada ao cromossomo X, com características degenerativas e incapacitantes, promovendo uma fraqueza muscular progressiva. Apesar das meninas poderem carregar o gene da doença e serem ligeiramente afetadas, a DMD afeta os meninos.
Uma das coisas ressaltadas por Vivian foi a questão do diagnóstico equivocado. “É comum a criança ser encaminhada à fisioterapia com encurtamento de tendão. Quem trabalha com doença neuroinfantil faz uma análise mais detalhadas e acaba encontrando sinais, como aumento de panturrilha, que parece uma hipertrofia, mas não é, a manobra de Gowers, que é levantar se escalando, por fraqueza dos estabilizadores de quadril. E a gente vê também alguma história na família ou a criança teve atraso na marcha, alguma dificuldade motora que a mãe já observou. ”
Outro ponto ressaltado pela fisioterapeuta foi a questão dos exercícios, que podem ajudar a diminuir o desenvolvimento da doença. Segundo ela, a pratica é manter o músculo mais responsivo, deixando a criança ativa por mais tempo. A falta da atividade fisioterapêutica pode gerar perda de funções, que, no caso dessa doença, não tem como serem recuperadas e podem adiantar a ida da criança para a cadeira de rodas.
Vivian Vargas finaliza a matéria de duas páginas da revista, sugerindo que as mães fiquem calmas, para conseguirem enfrentar a DMD. “Falo para as mães que depois da tempestade sempre vem um dia de sol. Vamos viver um dia de cada vez. A gente não sabe como vai ser o amanhã, quem vai embora primeiro. Devemos possibilitar todas as condições para essa criança ter o melhor dia sempre.”