O cadastramento dos pacientes interessados pode ser feito pelo telefone (13) 3202-7156, das 14h às 17h

Pioneiro na região em instituições particulares, o Ambulatório de Recuperação Pós-Covid-19 da Unisanta foi inaugurado em 13 de abril deste ano e agora, em agosto, os primeiros pacientes recebem alta do tratamento com a equipe de Fisioterapia.

“Foram meses bem intensos, mas ao mesmo tempo muito gratificantes, tínhamos um programa a princípio só com a Fisioterapia e incluímos toda área da Saúde, em um atendimento multidisciplinar”, comenta a Diretora de Saúde da Unisanta, Dra. Caroline Teixeira.

Caroline ressalta a importância da colaboração dos alunos para o sucesso do projeto: “Nós íamos pausar o atendimento em julho devido às férias acadêmicas e, por conta da disponibilidade dos alunos de virem voluntariamente, conseguimos continuar o programa para que os pacientes não parassem e não tivessem uma perda no seu ganho funcional, respiratório. Já demos 10 altas na Fisioterapia, seguindo para Educação Física”.

O ambulatório já atendeu 30 pacientes e no momento conta com 20 pacientes em andamento.

A professora do curso de Fisioterapia Maria Claudia Passos explica como é feito o encaminhamento: “A partir do momento que estabilizamos o paciente na questão de manter uma saturação adequada e melhorar em suas atividades diárias, ele segue para a Educação Física e dá sequência com as outras especialidades”.

Segundo a prof. ª Debora Rocco, do curso de Educação Física, o tratamento dura em média três meses e é uma extensão da Fisioterapia.

“A Covid-19 pode cometer a parte pulmonar, cardiovascular, muscular e até cognitiva. Aqui, com exercício físico, nós pretendemos melhorar as sequelas através de exercícios de coordenação, flexibilidade e aeróbicos para auxiliar o paciente a retornar a sua vida normal”, explica.

Impacto do ambulatório na vida dos pacientes

Os relatos dos pacientes mostram a importância dos trabalhos do Ambulatório de Recuperação Pós-Covid-19 da Unisanta.

A pedagoga Silvia Leutz e seu marido souberam do ambulatório pela Internet e ambos se inscreveram na época da abertura.

“No meu caso, tive sequela nas articulações, eu sentia muitas dores no ombro, braço, pulsos. Já meu marido também teve Covid na mesma semana e ficou internado na UTI por volta de 10 dias, mas precisou de maiores cuidados, pois teve 45% do pulmão comprometido”, explica.

Após três meses de tratamento do casal no Pós-Covid-19, Silvia compartilha sua experiência. “Só posso dizer que o tratamento foi maravilhoso, tive muitos benefícios após os exercícios da Fisioterapia e a nossa recuperação foi 100%. Meu marido já teve alta e está na Educação Física, eu vou iniciar agora. Tenho um sentimento de gratidão pela Unisanta, aos alunos de Fisioterapia, que são supercuidadosos, carinhosos e atenciosos”.

O administrador Marcio Morila teve sequelas após a doença, como falta de ar. Aos poucos, foi retomando suas atividades com auxílio do Ambulatório. “Quando cheguei, não conseguia fazer nem a esteira. Hoje em dia, consigo caminhar por 30 minutos intercalando com uma corrida leve e fazer atividades em quadra. A evolução é notória”, comenta.

Marcio diz que se sente realizado e agradecido pelo tratamento. “Minha sensação agora é de vida, de estar de volta, ser possível. Quando chegamos naquele ponto muito debilitado, questionamos se vamos conseguir fazer uma atividade específica novamente e hoje percebo que é possível, já consigo correr”.

O trabalhador portuário Michel Anderson dos Anjos, que chegou a ser internado duas vezes devido à Covid-19, aponta a importância do projeto para conseguir retornar ao trabalho.

“Minha principal dificuldade para realizar o tratamento era fadiga. Após um mês e meio na Fisioterapia, tive muita melhora e, então, fui encaminhado para Educação Física, que estou há 2 meses e meio”, explicou. “Cada dia estou melhor, até mesmo estou desenvolvendo fazendo exercícios no final de semana, como patinação e caminhada”.

Benefícios na vida acadêmica

Além do auxílio na vida dos pacientes, o ambulatório também desempenha um grande papel no crescimento profissional dos universitários envolvidos. “É uma nova área que surgiu na Fisioterapia por conta da pandemia e agora estamos formando um aluno preparado para atender um paciente pós-Covid”, explica Dra. Caroline Teixeira.

“Com o ambulatório, nossa experiência profissional é muito maior e saímos preparados para o mercado de trabalho. É gratificante ver a recuperação dos pacientes e, mesmo usando máscaras, vemos o sorriso na cara deles”, ressalta Bruno Aló, aluno do 3º ano do curso de Educação Física.

A aluna do curso de Fisioterapia Rafaella Cunha diz que a experiência é incrível como estudante. “A gente acompanha a evolução desses pacientes, como eles chegam depois de ter contraído uma doença totalmente nova e saem recuperados. É muito interessante participar desse projeto e ver a melhora deles no final”.