Haverá ainda diversas atividades de educação ambiental e um ato simbólico. Toda a ação integra a programação da Unisanta pelo Dia da Responsabilidade Social Universitária
O 28º Dia Internacional de Limpeza Costeira será marcado, em Santos, por uma caminhada que busca conscientizar a população sobre os efeitos da poluição marinha no estuário santista, além de diversas atividades relacionadas ao meio ambiente. A ação acontece no próximo sábado, dia 21, na orla da praia, com promoção do Instituto Ecofaxina e apoio de várias instituições, entre elas a Universidade Santa Cecília (Unisanta).

A concentração terá início às 9 horas, atrás do Aquário Municipal de Santos, na Ponta da Praia, onde entidades ambientais e a equipe de educação ambiental do Aquário Municipal estarão em tendas para promover atividades, informar e mobilizar a população através de fotografias, banners, animais marinhos, jogos educacionais e oficina de desenho. Um pouco antes, às 8 horas, um grupo de remadores partirá em direção às praias do Cheira Limão, Sangava e Saco do Major para a coleta de resíduos.

Ainda às 9 horas, outro grupo realizará a coleta de microlixo na praia do canal 5 sentido Ponta da Praia, com a participação de voluntários do Instituto Mar Azul e crianças de escolas da região. Às 11h30, os grupos retornarão com os resíduos coletados para o Aquário Municipal, local onde os materiais serão separados e pesados.

“Queremos dar voz aos animais marinhos e alertarmos a sociedade sobre a importância de adquirir hábitos sustentáveis para que possamos acabar com o sofrimento e a morte diária desses seres vivos. Queremos 100% de reciclagem, por um mar sem lixo”, ressalta a direção do Instituto Ecofaxina.

Caminhada por um mar sem lixo

Com apoio da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e da Polícia Militar, os participantes sairão do Aquário Municipal, às 15 horas, pela avenida da praia, em direção ao Parque Roberto Mário Santini (emissário submarino). No local, será realizado um ato simbólico com pessoas utilizando vendas pretas e que irão colocar 365 cruzes pretas de papelão nas areias do José Menino.
Segundo o Instituto Ecofaxina, o ato simbolizará o sofrimento e a morte dos animais marinhos, e a postura da sociedade, “de olhos vendados para essa atrocidade”.

Números da poluição marinha e seus efeitos

– Cerca de 80% do lixo nos oceanos e cursos d’água vêm de terra – através do vento e de enxurradas de ruas e estradas. Os outros 20% são lançados de navios e embarcações de pesca.

– Quase 90% de todos os detritos marinhos são formados por plástico. Em escala, supera o zooplâncton em 6:1 em algumas regiões.
– Estima-se que 46 mil pedaços de plástico flutuem em cada milha quadrada de oceano, sendo que 70% acabam parando no fundo do mar.
– Uma pessoa utiliza em média cerca de 120 quilos de plástico por ano.
– Os plásticos permanecem ao longo de séculos no meio ambiente, decompondo-se lentamente em pequenos fragmentos e por último em pó.
– Estima-se que 100 mil mamíferos e tartarugas-marinhas morrem anualmente por causa da poluição marinha.
– Cerca de 300 espécies da fauna silvestre marinha sofrem desnecessariamente os efeitos da poluição – emaranhamento, sufocamento, afogamento, obstrução do trato digestório e inanição.
– Mais de 1 milhão de aves marinhas morrem por ano em consequência da poluição por plástico.
– 86% de todas as tartarugas marinhas são afetadas por detritos lançados ao mar.