“Não importa como você entrou, o que vale é como você vai sair daqui hoje”. Esse era a proposta do Retiro Plenitude que ocorreu no último domingo (16/6) e reuniu cerca de 100 atletas das equipes de infantil e juvenil da Unisanta. O encontro, coordenado pelo ex-nadador, técnico da equipe infantil e idealizador do Plenitude, Joel Moraes dos Santos Júnior, ocorreu em uma chácara no Morro da Nova Cintra, em Santos, e tinha como objetivo preparar o psicológico dos atletas para os respectivos Campeonatos Paulistas que serão realizados nos dias 23 e 24 de junho para o infantil e 30 de junho e 1º de julho para o juvenil.
Dez atletas foram convidados para funcionarem como pilares e auxiliar nas dinâmicas de grupo, ficando responsáveis por grupos de dez nadadores cada. O papel dos pilares era direcionar e motivar os atletas para atingir a excelência, além de funcionar como elo entre as idéias, otimizar o processo e fazer com que se aproveitasse o máximo possível. Os pilares eram os nadadores Israel Murat, Monick Perez, Cauê Paciornik, Maressa Nogueira, Michelle Lenhardt, Fernando Ernesto Santos, Yuri Rinaldi e Isabela Amblard; o ex-nadador Marcel Moraes e o karateca Douglas Alves.
De acordo com Joel, esse foi o Retiro Plenitude que reuniu o maior número de atletas, e foi também um dos maiores desafios que encontrou até agora: “Eu nem consegui dormir na noite anterior”. Para ele, o evento e os acontecimentos do dia foram além do esperado.
Os pilares também estavam ansiosos e a expectativa de todos era a mesma: conseguir trocar experiências com os mais novos, motivá-los e aprender com eles acima de tudo, transformando o encontro em algo positivo, útil e inesquecível para todos.
Dentro desse clima, as dinâmicas começaram por volta das 9h00 e se estenderam até às 19h00. Durante todo o dia, os nadadores carregaram um tijolo, que representava o problema de cada um – seu peso desnecessário – e no fim do dia, a última dinâmica era se livrar desse peso simbólico. O intuito do gesto era fazer com que as crianças se conhecessem e detectassem onde estava o erro, para assim, saber como trabalhar e tentar se desvencilhar daquilo que atrapalha.
Na opinião de Joel, o momento máximo do Pleni foi quando os atletas conseguiram, através das atividades propostas, reconhecer o valor do tempo. “Foi dado um texto sobre o tempo para que eles refletissem e, no final, eles conseguiram entender que cada minuto que se passa é precioso e deve-se aprender com os erros do passado para melhorar no futuro”, explicou.
Para os atletas, o clímax foi outro: o momento em que eles tiveram liberdade para dar depoimentos e trocar experiências na frente de todos. Foi um período em que todos os se emocionaram e puderam expressar seus sentimentos, sem restrições e sem julgamentos. O nadador infantil Gabriel Rizzardi da Costa, o Presuntinho, que deu um dos depoimentos mais emocionantes, disse que aprendeu muito com o encontro e que seus colegas de equipe também saíram de lá com um algo a mais.
De acordo com o técnico da equipe juvenil, Fábio Massaini, o Binho, os efeitos positivos do encontro já podem ser notados: “A equipe está mais unida e concentrada”. Ele ainda diz que acredita muito no Plenitude, pois ele funciona como um diferencial muito importante nessa reta final por mexer com o psicológico dos atletas e fazer com que eles acreditem onde podem chegar.
No encontro, o atleta tem a liberdade de refletir aquilo que vive, falar sobre isso, detectar e expor o problema encontrado e sugerir a solução, podendo ainda contar com a ajuda dos amigos. O que fica da experiência são ensinamentos como superação, confiança, concentração e a troca de experiências para vencer o medo, a ansiedade, a pressão, o preconceito e, assim, atingir os objetivos pessoais e de grupo de uma maneira muito eficaz.