“Cada dia fazer um pouquinho mais que 100%”, esse é o lema que ajudou Larissa Freitas Cieslak a conseguir a vaga para disputar os Jogos Pan-americanos Rio 2007. Nascida em Sobradinho, no Distrito Federal, a atleta mora em Santos desde 2004, quando deixou seu antigo clube, a Evangélica de Goiás, para nadar pela UNISANTA.
Para a nadadora, a dedicação é o fator principal para chegar a algum lugar, e foi o que fez com que ela conquistasse tudo o que tem. No último Troféu Maria Lenk, onde conseguiu a vaga para o Pan, a atleta foi vice-campeã nos 400m medley e terceira colocada nos 200m medley e nos 200m borboleta, melhorando todos os seus tempos.
Após garantir a participação no Pan, Larissa diz que a sensação é de dever cumprido e agora deu início a um novo objetivo: melhorar seu tempo nos 400m medely, prova que vai disputar na competição, e tentar ficar entre as oito finalistas.
Descansar é um fator essencial na vida de um atleta tanto quanto o treinamento, por isso, nas horas vagas a nadadora faz apenas programas mais leves como cinema, conversar com os amigos, dormir ou ficar com o namorado, o também nadador argentino Juan Pereira. Para comer, nada melhor do que a torta de frango da vovó, seu prato preferido.
Ter uma família e uma carreira bem sucedida são as metas de Larissa fora do esporte, mas para isso, ainda há um longo caminho a ser percorrido, já que ela estuda engenharia química e só se forma em 2010.
Não é a primeira vez que a nadadora representa o Brasil em uma competição internacional. Em 2006 ela foi para a Argentina disputar os Jogos Desportivos Sul-Americanos (Odesur) e voltou de lá com uma medalha de prata nos 400m medley e outra de bronze nos 200m medley, além de ter participado de seleções brasileiras de categoria.
Chegar a uma Olimpíada é seu maior sonho dentro do esporte e Larissa acredita que com muito treinamento e esforço isso pode se tornar realidade nos Jogos Olímpicos de Pequim, no próximo ano.
Dotada de objetivos fixos e muita disciplina, a nadadora acha que se envolve na medida certa com aquilo que faz. Ainda dentro da auto-avaliação, ela se caracteriza como uma pessoa muito amiga, o que considera sua maior virtude. Em contrapartida, diz que falar demais, especialmente sem pensar e em horas indevidas, é seu maior defeito.
Para Larissa a maior dificuldade é ficar longe de casa, pois sua família mora em Goiânia e ela divide o apartamento apenas com a irmã mais velha, Fabiana Freitas Cieslak. Mesmo longe, a motivação da nadadora são seus pais e a irmãzinha mais nova, Bianka, de 7 anos.
Os sacrifícios do esporte não pesam muito para a atleta, que diz que tudo é válido quando se faz o que gosta, mas talvez morar mais perto de casa e ter férias mais longas ajudasse um pouco a lidar com os momentos de maior cansaço.
Antes de nadar, nada de amuletos da sorte ou rituais. “Não sou uma pessoa supersticiosa, apenas faço uma prece antes das provas para me sentir mais segura”, diz Larissa.
A rotina da atleta é dura como a de qualquer outro esportista que queira chegar a um desempenho de alto nível. Ela treina de manhã, vai para casa almoçar, dorme um pouco, volta para a piscina à tarde, volta para casa para jantar e depois vai para a faculdade. Nos dias em que não tem treino a tarde, ela se dedica aos estudos, pois os finais de semana são para relaxar.
Otimista, Larissa diz que não existem competições ruins, pois, por mais que o resultado não seja o esperado, fica a lição.