Ele até esperava por um resultado melhor, mas não dá para deixar de admitir que Kaio Márcio de Almeida, nadador da Universidade Santa Cecília (UNISANTA), de Santos, cumpriu um belo papel nos 200 metros nado borboleta, nos Jogos Olímpicos de Pequim. Em duas de suas três presenças na piscina do Cubo D’Água, ele nadou na casa de 1m54, seus melhores desempenhos na carreira, valendo inclusive a nova marca continental de 1m54s65, nas eliminatórias. Vale lembrar que o norte-americano Gil Stovall, um dos fortes candidatos a conquista de medalha em Pequim, parou nas semifinais.
Na noite de terça-feira (12), ele foi o sétimo do mundo, em uma final do mais alto nível técnico, com direito a novos recordes olímpico e mundial, por conta do fenômeno Michael Phelps, com 1m52s03. O norte-americano chegou assim a sua décima medalha de ouro em Jogos Olímpicos, único atletas a alcançar tal marca em mais em mais de 100 anos de história.
Kaio nadou para 1m54s71, com 26s15 na passagem dos 50 metros; 55s11, nos 100 metros; 1m24s22, nos 150 e finalmente fechando em 1m54s71. Mas a prova foi tão bem disputada que os três primeiros colocados nadaram na casa de 1m52. Prata para o húngaro Laszo Cseh, com 1m52s70, e bronze para o japonês Takeshi Matsuda, com 1m52s97.
De qualquer forma a experiência de uma primeira final olímpica foi importante para o brasileiro. “Fiz tudo o que podia. Minha preparação foi planejada e os objetivos foram cumpridos. A prova foi forte mesmo. Ainda tenho os 100m borboleta (eliminatórias nesta quinta-fera, 14, a partir das 8h40), que não é a prova que mais treinei, mas também quero nadar bem nela”, afirmou. Perguntado se alguém pára Michael Phels, Kaio resumiu: “Nesta Olimpíada, não”, definiu.
Ainda na noite de terça-feira (12), Na última prova da etapa, outro show americano no revezamento 4x200m livre. O grupo de Phelps, Ryan Lochte, Ricky Berens e Peter Vanderkay estabeleceu a impressionante marca de 6m58s56. O recorde anterior era do time americano em Melbourne/2007, 7m03s24. Phelps chegou assim à quinta medalha de ouro na competição (décima-primeira no geral). Restam apenas três para que ele alcance seu maior objetivo: superar o compatriota Mark Spitz, que obteve sete medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de 1972, em Munique.