MENOR destaqueA Universidade Santa Cecília (Unisanta), reconhecida como “o maior clube de maratonas aquáticas do mundo”, por reunir as duas representantes femininas do Brasil na modalidade nas olimpíadas, faz história e envia ao Rio de Janeiro uma equipe de dez profissionais (entre atletas e comissão técnica), além de receber delegações de quatro países.

A maior equipe de atletas da Região nas Olimpíadas Rio 2016 é composta por: Gabi Roncatto, que nadará os 4x200m livre; Tales Cerdeira, os 200m peito; Matheus Santana, os 4x100m livre; as maratonistas aquáticas Ana Marcela Cunha e Poliana Okimoto, Gideoni Monteiro (ciclismo); o atleta paralímpico de tênis de mesa, Israel Stroh; e o atleta paralímpico de natação Carlos Farremberg; além dos técnicos Márcio Latuf e Ricardo Cintra e Marco Antônio Ferreira Alves (membro da equipe técnica).

Delegações estrangeiras – O Complexo Poliesportivo da Unisanta também foi escolhido como local de treinamento de quatro países que participarão do Jogos Olímpicos.  As seleções da Itália (natação, triatlo e maratona aquática), Japão (maratona aquática), Eslovênia (natação e triatlo) e Rússia (maratona aquática) utilizarão as instalações do Parque Aquático da Unisanta no período de aclimatação para os Jogos. O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio de Janeiro 2016 divulgou, em 2012, lista de 172 instalações desportivas aptas a receber atletas e comissões para treinamento no período pré-jogos. A Universidade Santa Cecília foi uma das três selecionadas em Santos, além do Sesc e da Arena Santos.

Na oportunidade o COB apontou que apenas três universidades do Estado de São Paulo e 12 do País têm estrutura qualificada para receber as delegações estrangeiras, entre elas a Unisanta, única da Baixada Santista.

“Muitos desses atletas que estão vindos e as equipes técnicas já conhecem a infraestrutura da Cidade e da Universidade porque participam das maratonas aquáticas internacionais. Embora elas sejam em mar aberto, os treinos são feitos na piscina”, explicou o pró-reitor Administrativo da Unisanta, Dr. Marcelo Teixeira.

As semelhanças climáticas entre Santos e o Rio de Janeiro também foram consideradas, segundo Teixeira. Alguns atletas virão em julho, no intuito de se aclimatar à temperatura do Brasil e treinar para a competição. Além do Parque Aquático, os atletas terão à disposição as estruturas da Unisanta nas áreas de saúde, esportivas e outras.

Membros do Comitê Olímpico da Eslovênia ao lado da coordenadora da natação da Unisanta, Rosa do Carmo José

Diferenciais – “Poucas piscinas no País são olímpicas (50 metros) e cobertas. Isso ajuda no inverno, quando serão disputados os jogos. A permanência das equipes aqui será proveitosa para os nossos atletas, que poderão trocar experiência com esportistas de nível mundial”, disse a professora Rosa do Carmo, coordenadora do departamento de Natação da Unisanta. Também visitaram a Unisanta, com interesse de realizar treinamento pré-olimpíadas, as seleções da Dinamarca, Suíça e Bélgica.

Para Stefano Rubaudo, representante da delegação da Itália, a infraestrutura da Universidade Santa Cecília é ideal para o treinamento dos atletas europeus. “Aqui possuímos uma estrutura que se adapta às nossas exigências. É uma das poucas piscinas do Brasil que tem cobertura, é muito perto do Rio de Janeiro, a cidade é tranquila, não tem a periculosidade de São Paulo, e o clima é muito parecido com o do Rio. Por isso que é a situação ideal para treinar aqui”, destacou Rubaudo.

O Complexo Santa Cecília atende às expectativas dos italianos, porém eles estão com um olhar mais atento para outro quesito: a adaptação. “Vamos chegar aqui com 5 horas de fuso horário. Para cada hora de fuso horário, é necessário um dia para adaptação. Os outros dias servirão para a parte final do polimento e chegar ao Rio com o menor desgaste possível para a entrada da Vila Olímpica”, finalizou o dirigente.

Em visita à Unisanta, o único representante brasileiro do Comitê Olímpico do Japão, Luiz Antônio Takasaki, evidenciou o potencial da nossa região na decisão final. “A Baixada Santista foi escolhida pelo comitê, pois, além de se assemelhar com o ambiente das Olimpíadas no Rio de Janeiro, assemelha-se também com o Japão, por estar no mesmo nível do mar, facilitando, assim, o treinamento dos atletas e até evitando possíveis contusões”, afirmou.

O presidente do Instituto Social de Educação Esportiva, Osvaldo José Assis Pinheiro, que intermediou a vinda da comitiva japonesa para Santos, falou sobre a tradição da Universidade Santa Cecília na natação mundial. “Além de toda a infraestrutura que o Complexo oferece, destaco a importância da história da Unisanta com o esporte, pois atualmente é um dos maiores centros de referência esportiva, tanto para atletas de ponta, como na iniciativa das categorias de base.

Sobre a estrutura – A piscina olímpica e coberta da Unisanta possui profundidade e um sistema que reduz o efeito de marola, o que aumenta o rendimento do atleta e facilita a quebra de recordes.

Além da piscina de 50 metros rápida, há outros diferenciais, como as novas e modernas balizas, recomendadas pela Fina. Trata-se do mesmo modelo de bloco de natação utilizado nas competições internacionais e que será usado nas Olimpíadas 2016.

O Complexo Aquático compreende uma piscina olímpica, a primeira no País aquecida e com teto retrátil, e outra de apoio, para aquecimento e hidroginástica, além das Clínicas de Fisioterapia e Odontologia, o Laboratório de Fisiologia do Exercício do Curso de Educação Física e a Academia de Musculação, com aparelhos de última geração.

Equipe multidisciplinar – Hoje a Unisanta se consolida entre as quatro principais potências da natação do País e como a primeira entre instituições de ensino e por trás da preparação dos atletas, além dos técnicos, existe uma equipe multidisciplinar que pensa em cada detalhe para potencializar o talento de cada um. Entre os profissionais da Unisanta que colaboram para a conquista das vagas olímpicas estão: Alexandre Paez e Murilo Silva – preparadores físicos; Salônioca Nogueira e Yana Glaser – nutricionistas; Henrique Carpegiani e Carla Di Pierro- psicólogos; Dr Gustavo Maglioca e Dr Lucas Jankauskas – fisiologistas e José Nilton de Campos Pereira – biomecânico

 

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