Prestes a disputar sua segunda Olímpiadas, o nadador da Unisanta Guilherme Cachorrão está vivendo um sonho, principalmente, porque acredita ter mais chances de conquistas do que em Tóquio-2021. Mas o seu passaporte carimbado para Paris não é sinônimo de animação apenas para ele. Segundo o nadador, o feito pode inspirar os jovens brasileiros.
“Como sou atleta da Unisanta, que é uma equipe importante na região, acho que vai motivar muitos atletas que estão nas categorias de base ou que treinam em outros lugares de Santos. Eles vão conseguir ver a gente como um espelho, se inspirar e ficarem motivados para treinar muito mais e chegar aonde a gente chegou”, explicou.
O finalista olímpico, que irá disputar quatro provas na piscina (200m, 400m, 800m e 4x200m livre) e a maratona aquática (10km) pela primeira vez, externa o que a torcida brasileira pode esperar do seu desempenho na maior competição esportiva do mundo.
“Vou nadar muitas provas, então acho que vou aparecer em vários dias na água. Podem esperar resultados muito bons e muita entrega como sempre”, concluiu.
Neto de peixe, peixinho é
Mesmo com o apelido “Cachorrão”, o ceciliano parecia estar destinado às águas. Isso porque, o nadador sempre gostou de nadar quando criança, e começou sua trajetória na natação graças aos seus avós, que já praticavam o esporte aquático e insistiram para que ele também o fizesse.
O rapaz se aprofundou em treinos e competições, e entre os 17 e 18 anos, percebeu que poderia levar o esporte como profissão. Foi nessa época, em que Cachorrão estava na categoria Júnior, que as primeiras convocações para a Seleção Brasileira Absoluta de natação vieram e também a realização que ele poderia seguir uma carreira na área.
E além da motivação vinda de seus avós para começar a nadar, o ceciliano tem algumas lendas do esporte como fonte de inspiração, entre eles: Michael Phelps, Gustavo Borges e Ayrton Senna.
Para Cachorrão, a inspiração em Borges está relacionada com o fato de ambos terem a prova dos 200m livre como especialidade, enquanto Senna entra no hall de ídolos do nadador por furar a barreira de seu esporte e se tornar um exemplo. Já Phelps, é uma inspiração que o ceciliano tenta repetir os feitos.
“O Phelps fez uma coisa (maior campeão olímpico de todos os tempos, com 28 medalhas) que ninguém nunca imaginava, então é algo que me motiva a fazer aqui no Brasil”, explicou.
Do Rio de Janeiro ao Rio Sena
A classificação do atual campeão brasileiro dos 400m (recorde do campeonato), 800m e 1500m livre veio durante a disputa do Troféu Brasil – competição utilizada como Seletiva Olímpica –, em maio desse ano no Rio de Janeiro.
A classificação de Cachorrão para a disputa dos 10 km de águas abertas nas Olímpiadas desse ano veio de maneira inusitada. De acordo com a nova regra do Comitê Olímpico Internacional (COI) e da World Aquatics, os atletas com índice olímpico nas provas de 800m e 1500m livre podem nadar a prova de maratona aquática, desde que o país não tenha representantes na prova.
Esse era o caso da Seleção Brasileira de Natação. Portanto, o ceciliano aproveitou o índice conquistado nos 800m da Seletiva Olímpica e oficializou sua inscrição na prova que está programada para as águas do Rio Sena.
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