A nadadora da Unisanta Mafe Costa irá participar da sua primeira Olímpiadas. Desde 2023 presente na equipe ceciliana, a atleta de 21 anos está em reta final de preparação para a maior competição esportiva no mundo, e entende que é nesse momento que as emoções dos atletas afloram.

Mas juntamente com a ansiedade para o torneio, vêm o sentimento de confiança da torcida brasileira nos nadadores olímpicos. Para Mafe, sua classificação nos Jogos Olímpicos é uma demonstração do quanto as pessoas devem apoiar o esporte, assim como seus pais fizeram em sua infância.

“Estamos conquistando nosso espaço e mostrando que temos compromisso. Somos um time forte, e cada vez mais sendo valorizados. Oito atletas convocados para os Jogos Olímpicos representando Santos só mostra o quanto podem apoiar o esporte. Que as pessoas possam investir e se enxergar no cenário futuramente e que o sonho de muitos atletas mirins possa ser realizado como o meu está prestes a se realizar”, analisou.

A ceciliana, que fará sua estreia na maior competição esportiva do mundo em cinco provas diferentes, manda um recado do que a torcida brasileira pode esperar dela. “O meu 100%. Vou depositar meu máximo na piscina parisiense”, concluiu a nadadora que vai disputar as provas dos 200m, 400m, 800m, 4x100m livre e 4x200m livre.

Início na natação

Nascida no Rio de Janeiro (RJ), seus pais sempre a motivaram para que ela praticasse esportes, pois achavam muito importante em sua vida. Por isso, a ruiva experimentou algumas modalidades antes de descobrir sua paixão pelas águas. Só que Mafe e a natação não foi amor à primeira vista.

Inicialmente, ela começou a nadar por segurança de não se afogar e a busca pela perda de peso. Mas em dado momento, a ceciliana escolheu o esporte aquático para sua vida após perceber o quanto amava a rotina das águas.

“Comecei a dar tudo de mim nos treinos e amar sair exausta. Me sentia bem com isso, quando comecei a parar de fazer coisas que estava acostumada pelo simples fato de poder prejudicar meu rendimento. O esporte me tira da minha zona de conforto, me desafia de muitas maneiras boas e ruins e acaba influenciando minha vida pessoal. Uma parte da minha personalidade foi moldada por ele”, explica a nadadora.

Inspirações no esporte

Sua trajetória como atleta é cercada por inspirações. Entre elas, estão os americanos Kobe Bryant e Michael Phelps, um dos melhores jogadores de basquete de todos os tempos e o maior nadador da história, respectivamente.

Para a ceciliana, Bryant é uma inspiração em questões disciplinares e regularidade no treinamento, esforço e dedicação. Já Phelps, seu parceiro de esporte, cujo a nadadora constantemente assiste documentários e entrevistas, é o exemplo de como ela deve pensar e passar por momentos difíceis na modalidade.

Mas as inspirações da atleta não se limitam ao exterior, pois a judoca Rafaela Silva também é um grande exemplo de insistência a ser seguido pela ceciliana. E claro, Mafe também cita que a companheira de equipe Ana Marcela Cunha faz parte de suas inspirações.

“Pude ver de perto a atleta que é, e não tenho como descrever como ela lida diariamente com os treinos e rotinas exaustivas. A maneira leve que faz a rotina ser. Uma atleta e pessoa de perseverança e constância”, explicou.

Do Rio à Paris

Com toda essa experiência, motivação e inspiração ao seu redor, a nadadora foi capaz de alcançar a maior competição esportiva do mundo. Sua vaga nos Jogos Olímpicos de Paris veio através das conquistas durante o Troféu Brasil 2024 – competição utilizada como Seletiva Olímpica –, em maio desse ano no Rio de Janeiro, sua terra natal.

Durante seis dias de competição, a ceciliana se tornou campeã brasileira nos 200m (recorde sulamericano e brasileiro), 400m (recorde sulamericano e brasileiro) e 800m livre (recorde brasileiro). Além de se classificar para essas mesmas provas, a nadadora também conquistou vaga nas equipes de revezamento feminino 4x100m livre e 4x200m livre nas Olimpíadas.

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