Nadar uma prova de 10 KM no mar é novidade para Monique Ferreira, atleta da Universidade Santa Cecília (UNISANTA) e vencedora das duas primeiras fases do Projeto Travessia Oceânica Laje de Santos/Renata Câmara Agondi, a maior competição em águas abertas do Brasil. Mas ela não está nem um pouco preocupada com a distância a ser percorrida nesta terceira etapa da disputa, marcada para este sábado (26), a partir das 9 horas. Ao contrário, a nadadora mantém a tranqüilidade e, sobretudo, a confiança.
“Estou mais habituada às provas de até 4 KM, mas acredito que possa me sair bem, mantendo a mesma postura da etapa anterior, quando tivemos pela frente 6,5 KM”, afirma. “Só preciso me manter calma e dosar bem a energia”.
Quem conhece Monique sabe que uma de suas características principais é justamente o empenho demonstrado na fase inicial de uma prova, quando procura impor o ritmo. Nadar na frente lhe é sempre mais conveniente. Por isso, ela admite que vai tentar colocar uma distância razoável para, então, buscar administrar o restante do percurso. “Vou encarar uma novidade, em termos de distância, mas já estou habituada aos desafios”, declara.
Sobre sua participação na Travessia dos Fortes, no último domingo, no Rio de Janeiro, Monique destacou apenas que, ao contrário do ano passado, as águas entre o leme e Copacabana estavam mais tranqüilas e relativamente mais quentes. “Desta vez, porém, o nível das competidoras esteve mais alto e acredito que minha opção de nadar sem uma vestimenta especial reduziu um pouco minhas chances de terminar em primeiro”.
Ao contrário do que ocorre em provas regidas pelos padrões impostos pela Federação Internacional de natação (FINA), a prova carioca permitiu que os atletas fizessem a opção em atuar de sunga e maio comum ou com roupas adequadas à temperaturas mais baixas de água. Assim, tanto a vencedora da prova feminina como os quatro melhores colocados na masculina adotaram a segunda hipótese. “Um dia antes, fiz um treino no mar e achei que a água não estava não fria, por isso resolvi nadar de maio comum. Entendo que a opção deles (referindo-se aos primeiros colocados). Tenha lhes proporcionado um melhor desempenho”.
Já sobre a possibilidade de vir a trocar as provas de piscina pelas de maratonas aquáticas, Monique é enfática. “Não pretendo fazer isso tão cedo. Pelo menos até Pequim, em 2008, espero estar em condições de representar o Brasil nas piscinas. Quem sabe em Londres, em 2012?”, conclui.
O Projeto Travessia Oceânica Laje de Santos/Renata Câmara Agondi é uma realização da Universidade Santa Cecília (UNISANTA), com organização da Presença, e apoio do Sistema A Tribuna de Comunicação. Arbitragem e supervisão técnica estão a cargo da Federação Aquática Paulista. O árbitro geral é Igor de Souza, da Federação Internacional de Natação (FINA).
ÚLTIMA SELETIVA – A prova de sábado (26), que reunirá 38 atletas, sendo 27 homens e 11 mulheres, serve como última seletiva para a definição dois oito atletas que terão a honra de participar do desafio de cerca de 40 quilômetros entre a Laje de Santos e a Baía de Santos, em 26 de janeiro de 2006.
Essa etapa será a primeira prova no Brasil após a oficialização das maratonas aquáticas por parte do Comitê Olímpico Internacional (COI) e Organização Desportiva Pan-Americana (ODEPA). Assim, a exemplo do que ocorrerá nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, e nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007, a prova terá 10.000 metros, mesma distância das maratonas aquáticas olímpicas.
Nesta terceira etapa, os atletas largarão, de Praia Grande, exatamente da Praia do Coronel, uma pequena faixa de areia localizada nos limites do Forte Itaipu, no qual se acha aquartelado o 2o. Grupo de Artilharia Anti-Aérea (2o. GAAAe). De lá, eles nadarão (distantes cerca de 200 metros na costa), até as proximidades da Ilha Urubuqueçaba. A partir deste ponto, seguirão em direção a ponta da Praia, em santos, com chegada defronte ao Aquário Municipal.
Os atletas deverão se apresentar junto ao Aquário Municipal, impreterivelmente, às 7 horas de sábado (26), para que sejam transportados de ônibus até o ponto de largada.
A etapa tem uma dotação de R$ 6.000,00, sendo que haverá premiação em dinheiro para os cinco melhores da categoria masculina e as três primeiras colocadas da feminina. Essa distribuição de prêmios obedece ao percentual de participantes (homens, 70% e mulheres, 30%). Assim, nas duas categorias, os primeiros colocados receberão R$ 1.300,00, cada segundos, R$ 800,00, cada, e terceiros, R$ 550,00 cada. Apenas no masculino, caberá R$ 400,00, ao quarto colocado e R$ 300,00, ao quinto colocado. A premiação desta terceira etapa tem um reajuste médio de 30% em relação à segunda, quando os campeões receberam R$ 1.000,00, cada.
Criado com a finalidade de homenagear uma das mais notáveis nadadoras de águas abertas do mundo, Renata Agondi, o Projeto Travessia Oceânica Laje de Santos/Renata Câmara Agondi é uma realização Universidade Santa Cecília (UNISANTA), com organização da Presença e apoio do Sistema A Tribuna de Comunicação, Governo do Estado de São Paulo (Secretaria de Estado da Juventude e Esportes), Prefeitura Municipal de Santos (Semes e CET), Prefeitura MUnicipal de Praia Grande, Capitania dos Portos de São Paulo, 17o. Grupamento de Bombeiros, Parque Marinho Laje de Santos, Bandeirante Emergências Médica (BEM). Energil Sport, Engeplus Construtora, Estrada Transportes, 2o. Grupo de Artilharia Anti-Aérea (2o. GAAAe) e 2o. Batalhão de Infantaria Leve (2o. BIL). O Avenida Palace é o hotel credenciado pela Comissão Organizadora para hospedar os atletas vindos de outras cidades e estados.