Atualmente morando na Itália, a campeã olímpica e maratonista aquática da Unisanta, Ana Marcela Cunha, se prepara para seus próximos compromissos antes de se juntar à Seleção Brasileira para os Jogos Olímpicos. No país, ela irá disputar a Copa LEN de Águas Abertas no próximo sábado (18), em Piombino, e a segunda etapa da Copa do Mundo de Águas Abertas 2024, durante os dias 24 e 25 de maio, no Golfo Aranci. A atleta, que se diz adaptada aos novos treinos, conta que ainda precisa se acostumar com a rotina do exterior.
“O treino de rotina é muito parecido com o Brasil, a única coisa que mudou é a academia, que a gente faz três vezes na semana. Eu acho que o mais difícil de se adaptar é a comida, por mais que eu goste muito da Itália. É sempre uma massa e eu posso falar que o nosso país dá de dez a zero na culinária daqui. A cultura está sendo um desafio, mas em termos de dia a dia é muito parecido”, comentou.
Após a disputa das duas competições, a ceciliana irá focar totalmente na preparação para as Olimpíadas. Porém, mesmo com a vasta experiência – sua primeira participação nos Jogos Olímpicos foi em 2008, aos 16 anos, em Pequim –, ela conta que ainda sente um frio na barriga, mesmo Paris sendo a sua quarta participação na maior competição esportiva do mundo.
“Óbvio que se não sentir essa sensação, não é a mesma coisa. O esporte mexe com a gente. É aquela emoção de representar, não só o Brasil, mas a Unisanta. É uma emoção muito gostosa”, completou.
A mudança para Itália partiu da própria atleta. Junto com ela, está sua esposa e preparadora física, Juliana Melhem, e a cachorra do casal. A ceciliana conta que o frio na barriga antes das Olímpiadas e a adaptação ao novo ambiente fazem parte da preparação, mas que se sente pronta devido ao apoio emocional.
“A gente tende a se prender muito nessa questão motivacional e estar com a família é muito bom, então não estou aqui sozinha. Eu falo praticamente todos os dias com meu pai e mãe, tenho um apoio muito grande. Essa tranquilidade de estar longe, mas fazendo o que eu amo e respeitando muito o processo de adaptação é essencial”, explicou.
Mesmo de longe, a campeã olímpica ainda mandou um recado para o Dr. Marcelo Teixeira, presidente administrativo da Unisanta, que estava presente na coletiva à imprensa.
“Ser campeão inédito do Troféu Brasil é uma conquista enorme para Unisanta. Quero parabenizar mais uma vez esse investimento, a forma de pensar para frente e acreditar muito no trabalho, principalmente da comissão técnica. Estou muito feliz de estar até hoje representando a Unisanta, desde a minha primeira Olimpíada, em 2008. Desejo a todos um incrível dia de comemoração e queria agradecer por tudo, Dr. Marcelo. Estou triste de não poder estar aí nessa festa, mas fiz questão de estar presente (de forma on-line)”, completou.