O professor Marcos Antonio de Jesus, coordenador do Curso de Matemática da Universidade Santa Cecília (UNISANTA), é doutor em Educação Matemática pela UniCamp. Sua tese de doutorado As atitudes e o desempenho em aritmética do ponto de vista da aprendizagem significativa foi elogiada pela banca examinadora composta pelos professores doutores Vicenzo Bongiovani, Luiz Gonzaga de Barros, Márcia Regina Ferreira Brito, Valéria Scomparim de Lima e Lucila Diehl Tolaine Fini (orientadora e presidente).
A pesquisa chegou a conclusões surpreendentes para os leigos, como a de que homens e mulheres têm atitude favorável em relação à Matemática, mesmo com eventuais dificuldades. Em uma escala de 20 a 80 pontos, a média da classe examinada foi de 56,20. Homens e mulheres têm desempenhos semelhantes. Quando as mulheres mostram mais dificuldades, o contexto cultural entra como fator preponderante. Ou seja, as mulheres são condicionadas a pensar que não gostam de Matemática e de outras disciplinas exatas.
O termo atitude é considerado na tese à luz da psicologia como um sentimento, sobre o qual é possível inferir. A pesquisa foi desenvolvida com uma amostra de 149 alunos de 6ª série do ensino fundamental de escolas públicas. O estudo de Marcos Antonio de Jesus foi fundamentado na teoria de Aprendizagem de Ausubel e outros, considerando a perspectiva de aprendizagem por recepção significativa. Esse tipo de aprendizagem baseia-se na idéia de que conceitos novos apresentados devem ser ancorados em conceitos relevantes pré-existentes na estrutura cognitiva do aprendiz.
“Mas o fato dos sujeitos do gênero feminino apresentarem atitudes em relação à matemática menos positivas do que a dos sujeitos do gênero masculino, na primeira fase de testes, não se mostrou um fator capaz de influenciar negativamente o desempenho na prova de matemática. Constatou-se que o desempenho dos alunos do gênero feminino foi superior ao desempenho dos sujeitos do gênero masculino, ou seja, as mulheres alcançaram uma média igual a 6,543, com desvio padrão igual a 1,7970 e os homens obtiveram média de 6,142 e desvio padrão igual a 2,145. A diferença apresentada não foi estatisticamente significativa (p>0,05)”, afirma o prof. dr. Marcos Antonio de Jesus.