Lucas Santos, André Calvelo, Colonesi, Gabi Roncato e Figueirinha falam dos seus projetos em entrevista coletiva.

Cobertura de Elizabeth Faria, Elaine Saboya, Erika Alencar e Victoria Capaldo

Otimismo, em relação a suas futuras competições, e gratidão, pelo apoio da Universidade Santa Cecília (Unisanta), foram  a tônica das declarações feitas pelos atletas campeões que concederam entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (16/5), no Consistório da Unisanta.

Léo de Deus foi incisivo: “Passei por vários clubes e entidades, mas nunca vi uma instituição como a Unisanta, com esse comprometimento de investir em esporte e na educação”. Para o atleta, se mais instituições seguissem esse exemplo, o esporte brasileiro estaria no mesmo nível que países como os Estados Unidos, o Canadá e a Austrália.

Marcelo Teixeira, Pró-Reitor da Unisanta e grande incentivador da natação e demais esportes da Universidade, disse, no final, sentir-se emocionado por ver o comprometimento com o esporte demonstrado pelos atletas e a preocupação de todos eles com os estudos.

 “A gente roda o mundo, o mais importante são essas estrelas, que onde elas estiverem,  elas brilham, levam o nome da cidade de Santos, do esporte brasileiro. É um orgulho e uma honra a gente ver uma equipe tão importante, selecionada, das melhores que estão hoje, (os atletas) ranqueados, não só com índices nacionais como internacionais. Acima de tudo,  liderando, como o caso da Ana Marcela, a Maratona Aquática. Então,  é uma tradição mantida pela Unisanta e acho que isso serve de estímulo, motivação, não só para o nosso projeto, o Tóquio 2020,  mas,  acima de tudo, para a  nova geração que vem surgindo com eles”.

Poliana Okimoto

Marcelo Teixeira lembrou que um dos projetos da Unisanta no esporte  já foi consolidado, que foi a conquista de uma medalha olímpica com a Poliana Okimoto, a primeira da Natação brasileira, vindo de uma mulher que se espelha em uma mulher como a Renata Agondi, que também fez história em Santos”.

“Eu acho que tudo isso é o fruto de um trabalho, dentro de uma estrutura, de uma ambição, de um objetivo sendo traçado. E se conquistamos uma (vitória), gostamos, queremos outra. Eu acho que tudo leva a crer que a Unisanta tenha um número considerável de atletas na Olimpíada, através da Natação, da Maratona Aquática, em outros esportes também, até por  tudo o que é feito. Mas,   acima de tudo,  (a questão é ) a ousadia, não só estar, mas representar bem e,  se possível, trazer uma medalha no pódio principal”.

Renovação: primeiro grande projeto

A renovação do esporte de revelar talentos é o principal, na visão de Marcelo Teixeira. “Eu acho que isso é o principal, você ter uma bancada como essa, hoje, de selecionáveis, tanto de competições internacionais, com tanta representatividade, com índices mundiais, recordistas, isso de fato é um espelho para que, principalmente, essa nova geração, como  tantas outras que já vieram, surgiram e representaram tão bem a Unisanta e o esporte, possa também, através da Natação no caso, chegar  com esse trabalho que a Unisanta desenvolve e possa continuar representando bem e.  acima de tudo,  o país, dignificando o nome do esporte”.

“Independente dos atletas serem recordistas e medalhistas nos pódios, eu acho que a Unisanta já faz um trabalho que é a maior vitória para nós: eles unem a escola, a educação e  o ensino ao esporte, e,  com isso,  podem   fazer  algo de bom, para a mente e corpo,  e livre de drogas e vícios, e tantos problemas que assolam a nossa sociedade. Por isso que a Unisanta tem esse diferencial,  no pódio, mas acima de tudo, todos são vencedores por  praticarem esporte”.

Nova geração

Lucas Sousa é um exemplo de otimismo e dedicação ao seu próximo grande compromisso. “O mundial júnior em Budapeste será a maior competição da qual já participei. Meus treinos estão muito fortes, eu acho que consigo chegar lá e conquistar uma medalha para o Brasil”.

“Sim, sempre tem aquela emoção, ainda mais uma competição mundial assim, vai ser muito bom. O Márcio é um grande treinador e o trabalho que ele faz com a gente é excepcional”.

André Calvelo

 “Eu vou disputar o 4×100 livre, fui convocado especificamente para o revezamento”, disse Calvelo. A expectativa é muito alta, o Brasil é muito forte, eu acho que a maior chance de medalha no mundial  é nesse revezamento, que hoje é a febre, todo mundo quer estar dentro. Graças a Deus, eu estou como primeiro reserva desse revezamento, então a expectativa é trazer uma medalha para o Brasil. Com  certeza todos que vão nadar ali estão com a expectativa muito alta. Eu treino muito forte para trazer esse resultado para o Brasil e para a Unisanta”.

Victor Colonese:  duas chances no pódio

Victor Colonese tem duas chances de pódio no Pan-Americano. “Eu vou nadar os 25km, mas é uma prova do último dia, é uma competição um pouco mais complicada, não é o foco do nosso treinamento, até por ser uma prova de mundial, o foco total é os 10km. A gente quer a classificação olímpica, estar entre os dez, a gente sabe que é um desafio muito grande, mas a gente vem treinando forte para isso. Infelizmente,  eu tive um problema de saúde, atrapalhou um pouco, voltamos com tudo e vamos trabalhares forte para esse mundial ser representado da melhor forma possível. ”

“É meu primeiro Pan-Americano, em 2011 eu conquistei a vaga por país, mas da seletiva do país eu não consegui participar e ficou aquele gostinho de querer ir, de ter a intenção de ir. Agora que eu estou classificado, dentro, acho que vai ser uma competição diferente para mim e uma coisa que o Brasil tem pouca história. O  único medalhista é o Alan do Carmo com a prata no Rio e eu quero ver para quebrar esse paradigma, entrar para essa galeria”.

Gabi Roncatto já participou de um Pan-Americano. “Eu era bem novinha, fui medalhista no quadro de 200 livre e agora eu vou nadar uma prova individual, então eu quero conseguir voltar com essa medalha individual e a medalha no revezamento, que eu também vou nadar o 4X 200”

“A Olimpíada do ano que vem também está no meu  pensamento. “Eu já estive na de 2016 e estou treinando bastante para fazer o índice individual nas minhas provas”, finalizou

Figueirinha, apontado como referência  mundial em sua idade, disse que as Olimpíadas de Tóquio estão “um pouco distante para minha idade”. Mas está treinando forte, e ficou feliz em estar concedendo essa entrevista coletiva com os atletas veteranos vencedores. “Sempre sonhei com isso, sentado no auditório (do Bloco M).    Esse também foi o sonho de Lucas Santos, agora realizado.