A oportunidade de intercâmbio em instituição que tem como ex-alunos o Patriarca da Independência José Bonifácio de Andrada e Silva, o poeta Luiz de Camões e o escritor Eça de Queirós é um dos diferencias do Programa de Internacionalização da Universidade Santa Cecília (Unisanta). “Quando eu fiquei sabendo da possibilidade de estudar em Coimbra, fiquei muito feliz porque era a realização de um sonho”, conta Lauren Galdi Botter, estudante de Ciências Biológicas, que está prestes a concluir o período de intercâmbio na renomada Universidade de Coimbra, em Portugal.
Além de Lauren, outras duas alunas da Unisanta, Helena Dias e Ana Luiza Alves, estão desde setembro de 2023 no país. Elas foram selecionadas para participar do programa de Mobilidade Acadêmica, que oferece vagas para estudo e pesquisa em uma das instituições de ensino mais antigas do mundo, com a isenção total nas taxas de matrícula e mensalidades.
Fundada em 1260, a Universidade de Coimbra é reconhecida mundialmente por sua rica história e por abrigar alguns dos maiores nomes da literatura, ciência e política.
A aluna Ana Luiza Alves dos Santos Mendes lembra que, quando escolheu cursar Arquitetura, já sabia das oportunidades internacionais que a Unisanta poderia oferecer. “Foi por isso e pela qualidade acadêmica que eu escolhi ficar no Santa”. Segundo Ana, que também foi aluna do Colégio Santa Cecília desde os 2 anos, a chance de estudar em outro país, a vivência e o desenvolvimento pessoal desse percurso não têm igual:
“Não é questão só das aulas, é questão de estar aqui, da oportunidade de estar em outro país, dessa vivência. Além de todo o conhecimento acadêmico, eu consegui aqui novas informações, novos pontos de vista”.
Durante o intercâmbio, os estudantes podem cursar disciplinas que nem sempre estão disponíveis em suas instituições de origem, além de participar de atividades culturais, de pesquisa e extensão, que ampliam suas perspectivas profissionais. “Aqui em Coimbra tive a oportunidade de viver diversos momentos acadêmicos e culturais, como as praxes, os jantares de curso e principalmente a queima, que foi particularmente um dos que mais me marcou”, relata Lauren.
Ela afirma ainda que a serenata é um momento muito emocionante para os alunos, em “que eles trajam pela primeira vez”, podendo trajar a roupa acadêmica e participar do cortejo, que é um evento muito divertido e descontraído entre os alunos. Trajar significa usar capa e batina ou traje acadêmico (uniforme que identifica o estudante de Portugal).
Helena Dias, também estudante de Arquitetura e Urbanismo, conheceu o intercâmbio navegando pelo site da Unisanta e resolveu se inscrever. “A minha adaptação não foi tão difícil porque eu vim preparada para sair da zona de conforto, para viver uma realidade diferente da que eu tinha em casa. Quando cheguei aqui, fiquei encantada com um mundo completamente novo e diferente do que eu tinha visto até então. E agora vou sentir saudades porque já me acostumei com o ritmo daqui”.
Elas retornam ao Brasil no próximo mês.
O coordenador de Internacionalização da Unisanta, Prof. Daniel Siquieroli, destaca a importância dessas experiências para o desenvolvimento pessoal e acadêmico dos estudantes. “Graças ao convênio, os alunos ganham uma bolsa de 100% sem pagamento de taxas administrativas da Universidade portuguesa e terão que arcar com os custos de transporte, alimentação e hospedagem”, explica.
Durante o intercâmbio, os estudantes cecilianos têm a opção de cursar disciplinas que serão ofertadas futuramente e depois solicitar a equivalência delas quando retornarem, ou escolher matérias diferentes que sejam oferecidas apenas na universidade portuguesa.
Com ar de saudosismo, as jovens falam em tom de despedida. “O que eu vivi aqui vou levar por muito tempo, inclusive as amizades que vão continuar comigo, todo conhecimento acadêmico e, além de tudo, o crescimento pessoal. Foi incrível”, descreve Ana.
A intercambista diz ainda que agora a sensação é de dever cumprido e de sonhos realizados. “Além da gratidão imensa à minha família e à universidade, eu não vejo a hora de voltar para casa e abraçar meus pais, meu irmão e a minha avó que muito me incentivaram a estar aqui”.
Por falar em sonhos, o de Lauren foi, enfim, realizado, mas agora é o momento de retornar. “Estou morrendo de saudade do Brasil, morrendo de saudade da minha família e dos meus amigos e morrendo de saudade da Unisanta. Quando eu cheguei em Coimbra, foi muito emocionante, porque era um sonho, desde pequena, estudar aqui. Ver as pessoas trajadas andando na rua, o pessoal com as capas, a batina foi uma experiência única, sem dúvidas esse intercambio foi algo surreal”.