Carolina Davanzzo pode se considerar uma engenheira com currículo privilegiado. Ela é a primeira ex-aluna da Universidade Santa Cecília (UNISANTA), entre os estudantes que participaram do estágio na área de Microeletrônica, em Toulouse (França), que concluiu o mestrado e ingressou no doutorado na Escola Politécnica da USP, dando continuidade aos estudos desenvolvidos naquele centro de pesquisa francês, um dos mais importantes em microeletrônica do mundo.

Formada em 2002 no Curso de Engenharia de Computação da UNISANTA, ao tomar conhecimento do intercâmbio internacional com Toulouse, dirigido aos alunos de Engenharia, Carolina não teve dúvidas e logo se apresentou para ocupar uma das vagas oferecidas.

“O primeiro desafio foi convencer o professor Mendes, que é o coordenador do intercâmbio pela UNISANTA, a levar à França um grupo menor que o número mínimo de componentes exigido para estágio no Atelier Interuniversitário de Microeletrônica do Instituto Nacional de Ciências Aplicadas (INSA) de Toulouse”.

Quando Carolina participou do estágio, em 2000, apenas quatro grupos haviam sido enviados. Com o passar dos anos, o número de interessados aumentou de tal forma que foi preciso adotar um sistema de seleção de candidatos. Em julho desse ano, a UNISANTA enviou a décima turma de alunos a Toulouse, com o diferencial de ser a única universidade da América Latina credenciada no programa.

Motivada pela experiência que poucos universitários brasileiros possuem, assim que retornou do estágio na França, a aluna mergulhou no mundo da microeletrônica, passando pela Iniciação Científica, por dois anos, mestrado e agora doutorado, todos na Poli/USP. “Hoje eu vejo um sonho realizado”, afirma entusiasmada a doutoranda.

Depois do doutorado, assim como o mestrado, realizado com bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Carolina pretende conquistar um espaço em uma das empresas da área de microeletrônica no Brasil.

Intercâmbio Internacional – Desde 1995, mais de cem alunos da UNISANTA já participaram do intercâmbio com Toulouse, onde os estudantes constroem circuitos integrados (chips), passando por todas as etapas do processo de fabricação. Após o estágio, muitos são selecionados para o programa de Iniciação Científica da Escola Politécnica da USP e depois para o mestrado nessa instituição.

Para participar, os alunos têm aulas teóricas, extracurriculares, durante cerca de seis meses, a cargo do professor Djalmir Correa Mendes, responsável da Universidade pelo projeto Toulouse.