Índice de Preços ao Consumidor (IPC) para a cidade de Santos, no mês de novembro, apresentou inflação de 0,31%, indicando uma tendência de queda da inflação uma vez que no mês de outubro o índice foi de 0,54%. A informação é do Núcleo de Pesquisas e Estudos Socioeconômicos da Universidade Santa Cecília – Nese/Unisanta.

No acumulado do ano, o índice atingiu 4,97%, e em doze meses o índice chega a 5,5%. Este comportamento da inflação deve-se à política monetária que resultou na elevação das taxas de juros, o que deve continuar até janeiro de 2014 comprimindo ainda mais a expansão da economia, e por decorrência a demanda, mas por outro lado faltam investimentos em infraestrutura que resultem em maior oferta de produção.
Como pode ser visto no quadro abaixo, todos os grupos apresentaram inflação, exceção ao vestuário com redução do preço médio. Destaque para grupo alimentos onde foi constatada forte elevação no mês sendo o principal gerador de impacto inflacionário no mês. Na inflação acumulada podem-se identificar os grupos educação, saúde e alimentos como os maiores impactos na inflação acumulada.
De forma específica, é feita a seguir análise detalhada por grupo, das principais variações apuradas:
          Grupo Habitação: Foi apurada inflação de 0,18% decorrente de reajustes no gás de bujão, artigos de limpeza e aparelhos de informática e telefonia 9%.
          Grupo Alimentação: Teve forte inflação de 1,23%, destacando-se a alimentação fora do domicilio 0,67% em média, as verduras 1,93%, frutas 0,69%, arroz 10,48%, pescados 3,87% em média, sendo que a sardinha teve aumento de 26,8%, aves 11,9% e carnes suínas 8,78%. A proximidade das festas natalinas é o principal motivo para reajuste de vários preços como o das carnes suínas. No ano os alimentos tiveram aumento de 6,38%, ou seja, para as famílias de baixa renda a inflação dos alimentos impacta fortemente no orçamento familiar.
          Grupo Transportes: Foi constatada inflação de 0,36%, o aumento no preço dos estacionamentos é um dos vilões da inflação uma vez que já subiu só este ano 12,17%, a lavagem teve aumento de 1,76% no mês e os reparos no veículo 2,0%. O preço dos veículos teve acréscimo de 0,9%. No ano o grupo já teve inflação de 4,6%.
          Grupo Despesas Pessoais: Houve inflação de 0,20% destacando-se aumentos de cervejas em 1,47%, vinho 2,3%, viagens 3,0%, brinquedos 2,8% e artigos de beleza 0,5%.  Em termos de acumulado no ano o grupo teve reajuste de 6,36%.
           Grupo Saúde: Foi constatada forte inflação de 0,11% motivada pelo reajuste de preços das consultas médicas em 0,8%, preservativos 4,9% e remédios 0,16%. No ano o grupo saúde teve aumento médio de 8,5%, ou seja, acima da média da inflação.
          Grupo Vestuário: Exceção aos demais grupos, apresentou deflação de -1,13 provavelmente devido ao forte aumento em outubro e ajuste de preços ao mercado. Entre os itens que mais tiveram redução destaque para as roupas femininas com redução de -5,25%, sendo este impacto absorvido pelas roupas masculinas que tiveram acréscimo de 1,4% e os calçados com acréscimo de 2,7%.
          Grupo Educação: Apresentou inflação de 0,14% motivada pelo reajuste de preço dos livros didáticos em 2,2% e o material escolar em 1,1%, mantendo-se estáveis os demais itens. O grupo educação lidera na inflação acumulada com 14,3% em 2013.
 
     Quadro I – Demonstrativo da apuração mensal e acumulada
          Apuração entre os dias 10 a 25 de novembro de 2013
Grupos
Ponderação
%
Variação
%
Habitação
28,3586
0,18
Alimentação
15,4060
1,23
Transportes
18,8727
0,36
Despesas Pessoais
15,3998
0,20
Saúde
9,8694
0,11
Vestuário
4,7421
-1,13
Educação
7,3514
0,14
Índice geral mês
100
0,31
Índice acumulado no ano
 
4,97
Índice acumulado 12 meses
 
5,50
             
 
O IPC – NESE/Unisanta tem por referência o consumo familiar para famílias com renda até 40 salários mínimos.
Responsável técnico: Economista Prof. Jorge Manuel de Souza Ferreira