O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) para a cidade de Santos, no mês de janeiro apresentou inflação de 1,25%, percentual elevado e que se traduz em uma inflação de 5,40% em doze meses. A alimentação se manteve em alta, e outros grupos como a educação e despesas pessoais tiveram forte contribuição para o índice mensal. A informação é do Núcleo de Pesquisas e Estudos Socioeconômicos da Universidade Santa Cecília (Nese/Unisanta).

De forma específica, é feita a seguir análise detalhada, por grupo, das principais variações apuradas:

Grupo Habitação: Apresentou inflação de 0,91%, destacando-se o subgrupo de serviços de utilidade pública onde o aumento do IPTU teve forte influência com aumento médio de 11%, seguido dos equipamentos eletrônicos com aumento médio de 4,18%.

Grupo Alimentação: O grupo manteve tendência de alta iniciada em 2010, os produtos in-natura com aumento médio de 9,63% foram os principais responsáveis sendo que as frutas apresentaram aumento de 6,49%, os legumes 19% e as verduras 26,2%. Nos demais itens houve mais equilíbrio, mas sem poder de influenciar uma reversão deste efeito.

Grupo Transportes: A obtenção de habilitação para conduzir veículos ficou mais cara e teve forte influência no grupo, com aumento médio de 19,7%, além da habilitação o seguro obrigatório e o licenciamento tiveram majoração de 5,34%, e por fim, o transporte escolar com aumento de 7,14%. Estes podem ser considerados os principais fatores da inflação média de 0,56% obtida no grupo.

Grupo Despesas Pessoais: Constatou-se inflação no mês de 2,33%, como causas foram identificadas: as viagens com aumento médio de 4%, os ingressos para teatro com 25%, show com aumento de 11,11% e  os artigos de beleza 1,1%, foram os principais geradores.

Grupo Saúde: Apresentou pequena inflação de 0,27% no mês, verificando-se que os profissionais de saúde como médicos, psicólogos, fonoaudiólogos e oftalmologistas tiveram majoração nas consultas em média de 7%.  O serviço de assistência odontológica teve aumento de 23%.

Grupo Vestuário: Apurada deflação no grupo da ordem de -4,37% puxado pela queda de preço das roupas femininas (-11,24%) que estão mais sujeitas à mudança de estação, e também ao fim das vendas de Natal, época em que os preços tendem a ser mais elevados. Acompanhou a tendência as roupas infantis com queda em -6,26% e por fim os tecidos com aumento de 3,83% completou o grupo das principais influencias do grupo.

Grupo Educação: Houve grande inflação neste grupo, 5,46%, devendo se destacar o efeito sazonal deste grupo pela renovação de matriculas que apresentaram aumento médio de 5,71%. Além desse item o material escolar subiu em média 2% e os livros didáticos 3,37%.

Quadro I – Demonstrativo da apuração mensal e acumulada

Apuração entre os dias 10 a 25 de janeiro de 2011

Grupos Ponderação

%

Variação

%

Habitação 28,3586 0,91
Alimentação 15,4060 2,11
Transportes 18,8727 0,56
Despesas Pessoais 15,3998 2,33
Saúde 9,8694 0,27
Vestuário 4,7421 -4,37
Educação 7,3514 5,46
Índice geral mês 100 1,25
Índice acumulado no ano 1,25
Índice acumulado 12 meses 5,40

O IPC – NESE tem por referência o consumo familiar para famílias com renda até 40 salários mínimos.