Os ministérios da Educação e da Saúde autorizaram, numa primeira instância, na manhã desta sexta-feira ( 10/7), a Universidade Santa Cecília (Unisanta) a instalar uma Faculdade de Medicina em Cubatão. “A região e o País serão beneficiados com esse arrojado projeto da Unisanta”, afirmou a reitora, Sílvia Teixeira Penteado. “Será um avanço na interiorização, visando a formação médica”, acrescentou, lembrando que esse tipo de curso existe apenas nas Capitais e nas maiores cidades brasileiras. “O projeto da Unisanta terá 12 (doze) semestres com três eixos: técnico-científico, humanístico e atenção integral à saúde comunitária, acrescentou Sílvia.
O histórico da Unisanta a credenciou para conseguir essa autorização “em prol do desenvolvimento regional e do País. “São mais de cinco décadas de cursos de graduação e de pós-graduação que primam pela qualidade, consolidando-se também como instituição formadora na área da saúde, por meio de clínicas, laboratórios de Odontologia, Fisioterapia, Farmácia e Educação Física, que são referência no atendimento à população.”
A medida do governo federal faz parte do programa Mais Médicos e tem o objetivo de ampliar o atendimento à população de 39 cidades, em 11 estados. Segundo o governo federal, a maior parte das novas faculdades de medicina se concentrarão em São Paulo. Desde setembro do ano passado Cubatão e Guarujá haviam sido contemplados com a medida, mas, desta vez, foram divulgados os nomes das universidades autorizadas a abrir os cursos. As universidades terão um prazo de 18 meses para implantar os projetos.
Será um total de 2.290 vagas no País, em universidades particulares. Em Guarujá, serão abertas 55 vagas, a cargo da Associação Prudentina de Educação e Cultura.
Seleção por mérito
A seleção dos projetos foi feita por meio de editais de chamamento público, em parceria com o Ministério da Saúde, como parte do programa Mais Médicos. As propostas foram avaliadas por uma comissão de especialistas, médicos, professores de medicina e integrantes da Comissão de Acompanhamento e Monitoramento de Escolas Médicas (Camem), que também avalia as instituições federais de educação superior, com a coordenação do professor Henry Campos, reitor da Universidade Federal do Ceará (UFC).
A análise das propostas levou em consideração a capacidade econômico-financeira e a regularidade jurídica e fiscal da mantenedora, o histórico da mantenedora e a proposta do curso de graduação em medicina, com análise de mérito e de pertinência da proposta, segundo informações do MEC notícia publicadas na Tribuna Digital.
“Na seleção dos municípios, além da inexistência de curso no local, foram exigidos requisitos baseados na proporção de vagas e médicos por habitante, tamanho da população atendida e distância de outro curso de medicina, com critérios referentes à estrutura da rede de saúde, para garantir a qualidade de formação. A comissão analisou também o projeto pedagógico do curso, o corpo docente, a infraestrutura e o plano de implantação da residência médica. A análise das propostas contou com a colaboração da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que, entre outros aspectos, foi responsável por descartar o risco de descontinuidade da formação médica em uma avaliação desenvolvida especificamente para o programa”.
Dos 39 municípios brasileiros selecionados no primeiro edital, 14 estão em São Paulo (Araçatuba, Araras, Bauru, Cubatão, Guarujá, Guarulhos, Jaú, Limeira, Mauá, Osasco, Piracicaba, Rio Claro, São Bernardo do Campo e São José dos Campos) e cinco na Bahia (Alagoinhas, Eunápolis, Guanambi, Itabuna, Jacobina e Juazeiro). Tem vagas ainda no Espírito Santo (Cachoeiro de Itapermirim); Minas Gerais (Contagem, Passos, Poços de Caldas, Sete Lagoas); Pará (Tucuruí); Paraná (Campo Mourão, Guarapuava, Pato Branco e Umuarama); Pernambuco (Jaboatão dos Guararapes); Rio de Janeiro (Angra dos Reis, Três Rios); Rondônia (Vilhena); Rio Grande do Sul (Erechim, Ijuí, Novo Hamburgo e São Leopoldo) e Santa Catarina (Jaraguá do Sul).