O ministro da Saúde Arthur Chioro citou, nesta segunda-feira (15/6),  em Santos,  as cidades de Guarujá e Cubatão, como candidatas a receber curso (ou cursos) para formar mais médicos.  No auditório do Bloco E da Unisanta, ele fez um balanço do programa Mais Médicos para os Brasileiros.

Um novo curso de Medicina na Baixada Santista “tanto em Guarujá como em Cubatão” e mais vagas nas faculdades  já existentes estão nos planos do Ministério da Saúde e da Educação, porque é necessário  melhorar as condições de saúde para a população não apenas em caráter emergencial, mas também a médio e longo prazo. A afirmação foi feita nesta segunda-feira (16/6) pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, durante coletiva à imprensa, no auditório do Bloco E da Universidade Santa Cecília (Unisanta).

Durante o Seminário Mais Médicos para os Brasileiros, realizado na Universidade, Chioro  mencionou as cidades de Guarujá e Cubatão, como possíveis candidatas a receber o novo curso para formar mais médicos. Na região, segundo o ministro, o Programa do governo federal já resultou em mais 195 médicos, que atendem 22 municípios e em torno de 700 mil moradores.

“Já cumprimos  100% do que foi nos foi pedido, essa fase está consolidada. Agora vamos ampliar a infraestrutura, transformar os postinhos em unidades básicas com qualidade, para tratar de forma respeitosa cada morador”.  Como parte desses  projetos, o ministério assinou parceria com a prefeitura de Santos para aplicar R$ 5 milhões na aquisição de equipamentos de grande porte ao Hospital dos Estivadores. Esse hospital – que talvez mude de nome- prestará um bom atendimento aos moradores, disse. São Vicente também está nos planos do ministério para ter um hospital novo, de qualidade.

Saldo positivo

Arthur Chioro mostrou um balanço bastante positivo da primeira etapa do Mais Médicos. Apesar das melhorias no atendimento, em todo o Brasil, o ministro deixou claro  que ainda há muito o que fazer. O Brasil tem apenas 1,8 médicos por mil habitantes, enquanto essa proporção de 3,7 médicos no Uruguai, 3,9 em Portugal e 2,7 médicos por mil habitantes no Reino Unido.

O número no estado de São Paulo é de 2,49 médicos por mil habitantes mas, mesmo assim, ainda faltam médicos nesse estado. As prefeituras reclamam que nem sempre conseguem preencher seus quadros.

Ao iniciar sua saudação, o ministro fez questão de citar os nomes dos prefeitos presentes, mencionando o apoio da Associação Nacional dos Prefeitos, em 2013, à luta do governo em oferecer mais condições de saúde à população.  Professor licenciado da Unisanta, Chioro mais uma vez se referiu com saudades aos tempos em que lecionou na Instituição.  Saudou, além da reitora, Sílvia Teixeira Penteado, a presidente, Lúcia Teixeira, o pró-reitor, Marcelo Teixeira e o diretor da Faculdade de Fisioterapia, Ivan Cheida Faria.

A reitora recepcionou os participantes, afirmando que as universidades estão alinhadas ao Programa Mais Médicos e a iniciativas como o Telessaúde e o Telemedicina. “Somos uma rede solidária e mais uma vez a Unisanta está de portas abertas”.

Estavam presentes os prefeitos Paulo Alexandre Barbosa, de Santos, Wagner Moura, de Cubatão, Maria Lúcia Prandi, deputada federal, Telma de Souza, deputada estadual, Carlos Alberto dos Santos Gomes, tutor da casa de Saúde Santa Marcelina e representante do Ministério da Educação, Marcos Calvo, Secretário Municipal de Saúde de Santos e Luiz Antônio da Silva,  presidente do Conselho Municipal de Saúde de Santos, além de vereadores e outras autoridades.

Consultas agendadas aumentam 43,6%

Segundo releasedivulgado pelo Ministério da Saúde, em menos de um ano, o Programa Mais Médicos já impacta na assistência à população dos municípios próximos a Santos. “Levantamento feito pelo Ministério da Saúde em cidades que participam do programa aponta significativo aumento de 43,6% no número total de consultas. Em janeiro de 2014, foram contabilizados 13.836 atendimentos na região, contra 9.635 no mesmo período do ano anterior, quando a população ainda não contava com o reforço dos profissionais do Mais Médicos.”

Seguem outros trechos:

“Por meio do Programa, o estado de São Paulo ampliou em 2.187 o número de médicos atuando na atenção básica de 345 municípios. O Ministério da Saúde atendeu 100% da demanda por médicos apontada pelos municípios e superou a meta inicialmente estabelecida. Atualmente, o Mais Médicos garante assistência médica nas unidades básicas de saúde para mais de 7,5 milhões de paulistas.”

“Esse é um dos vários seminários que estão sendo realizados pelo governo federal em todo país para debater com gestores públicos os primeiros impactos do Mais Médicos na assistência da população que vive nas cidades beneficiadas pela iniciativa. Levantamento feito pelo Ministério da Saúde em mais de dois mil municípios que contam com pelo menos um médico do Programa servirão de base para a discussão. São dados dos sistemas de acompanhamento da atenção básica (Siab e SUS), alimentados pelas secretarias de saúde de todo o país.”

MAIS ASSISTÊNCIA

“Além de aumentar em 43,6% o número de consultas agendadas, o Mais Médicos também promoveu o aumento de 18% nas consultas de cuidado continuado e de demanda imediata (de 3.887 para 4.613). Observou-se ainda crescimento de 24,4% nos atendimentos de pré-natal, passando de 2.791 para 3.471 e de 99,3% nos atendimentos em saúde mental – passaram de 299 em janeiro de 2013, para 596 em janeiro deste ano. Também cresceram os atendimentos de urgência e a usuários de drogas em 37,7 e 55,8, respectivamente.”

“O governo federal já superou a meta de levar médicos para os municípios de todo o país que aderiram ao Programa Mais Médicos. Atualmente mais de 14 mil profissionais atuam em cerca de 4 mil cidades. A maioria (75%) dos médicos está em regiões de grande vulnerabilidade social, como o semiárido nordestino, periferia de grandes centros, municípios com IDHM baixo ou muito baixo e regiões com população quilombola, entre outros critérios de vulnerabilidade.”

MAIS MÉDICOS

“Lançado em julho de 2013 pela presidenta Dilma Rousseff, o Programa Mais Médicos faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do SUS, com o objetivo de aperfeiçoar a formação de médicos na Atenção Básica, ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país e acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e unidades de saúde.”