Nicholas Santos, Poliana Okimoto, Matheus Santana, Felipe Ribeiro e Carlos Farrenberg comentam sobre seus próximos desafios  

Os nadadores da Universidade Santa Cecília (Unisanta), que brilharam nos últimos compromissos internacionais, abordaram nesta sexta-feira (4/9), em entrevista coletiva, seus futuros compromissos no exterior e no País, para os quais esperam continuar superando marcas e limites.

“Eu acho que essa medalha de prata em um Mundial de piscina longa representou para mim uma medalha de ouro. Foram vários campeonatos de longa batendo na trave e essa eu consegui uma medalha de prata”, afirmou Nicholas Santos. “Óbvio que toda vez que nós competimos tentamos uma medalha de ouro.  Felizmente eu consegui esse feito (o ouro) em uma piscina curta em Istambul”.

Para Nicholas, essa competição foi um marco em sua carreira, em uma prova de 50m borboleta que não é uma prova olímpica. “Mas agora eu viro uma página e começo a me dedicar mais para o 100m borboleta das Olimpíadas. A gente tem menos de um ano (para essa competição), mas a satisfação de conquistar uma medalha dessas na minha carreira é super importante. Ao longo da minha carreira foram três ou quatro mundiais em que eu bati em 5º e 4º  lugares e essa medalha para mim vale ouro. Para os mais novos é uma inspiração”, completou Nicholas Santos.

A partir de agora, o foco principal de Nicholas é os 100m borboleta, prova principal nas Olimpíadas. Ele vai se dedicar ao máximo para se classificar nos 100m borboleta, “assim como para os outros nadadores, o  Thales e o Rafinha. “Tenho certeza de que eles vão entrar para a briga nas próximas competições.”

Poliana Okimoto: já classificada

Já estar classificada para as próximas Olimpíadas é um alívio para Poliana Okimoto. Ela tem um ano para pensar em treinar e fazer um  bom planejamento, pensar no que foi positivo  e no que foi ruim, o que ela tem que mudar e o que precisa continuar.

“Graças à Unisanta tenho essa tranquilidade para pensar só nos treinamentos e focar nas Olimpíadas.  Por isso a gente está sempre aqui agradecendo o apoio dos amigos e dos técnicos. Tudo isso faz parte do nosso programa e do resultado final e, por isso, temos que estar sempre agradecendo a cada um”.

“Todo mundo que está aqui sabe que a vida do atleta não é fácil, principalmente para o atleta de natação, que é um esporte individual, sacrificante e solitário muitas vezes”, acrescentou a nadadora.

Matheus Santana: mais experiência

Matheus Santana reconheceu que, no Pan-Americano, não foi tão bem no individual. Mas destacou que, no revezamento, do qual participou, o Brasil conseguiu a medalha de ouro.  “Batemos o recorde pan-americano, fizemos o melhor tempo do Brasil em dois anos de revezamentos e depois fomos para o Mundial. Conseguimos nadar um pouco melhor que no Pan. Infelizmente a medalha não veio”.

O nadador afirmou que conseguiu nadar o melhor tempo na prova individual. “Ganhei muita experiência, muito aprendizado nessa competição e nas viagens. Foram duas competições boas que serviram para me fazer crescer. Agora é partir para o Open focado nas Olimpíadas e depois, no Maria Lenk.  Tenho certeza de que,  com o apoio da Unisanta, conseguiremos  colocar alguns atletas nas Olimpíadas”.  Ele também agradeceu à Unisanta e à equipe técnica pelo apoio dado, “sempre motivando e fazendo a gente chegar além dos nossos limites”.

Felipe Ribeiro

Felipe Ribeiro, que foi o terceiro mais rápido do mundo nos 100m livre, categoria júnior, no  5º Mundial Junior FINA de Natação,  em Cingapura, considera essa medalha de bronze muito importante para “esse comecinho da minha carreira”. Seu plano para o futuro é treinar bastante para o próximo Open, que é seletiva para as Olimpíadas, para conseguir um tempo bem expressivo “e, quem sabe, integrar a seleção brasileira absoluta. E há também o Maria Lenk. Vou treinar mais ainda para conseguir”.

Carlos Farrenberg

O atleta veio de um Campeonato Mundial que aconteceu três semanas antes do Para Pan, no qual foi vice-campeão mundial do 50m livre. Ele agradeceu o apoio da Unisanta e ao seu técnico Bartolo, que exerce essa função há quase dez anos, “e que tem uma contribuição significativa nos meus resultados agora”.

“Eu já estou há dois anos com o técnico da seleção paralímpica, e vinha de um campeonato mundial de 2013 em que não tive bons resultados, não estava nadando como eu gostaria, não estava conseguindo acompanhar a evolução que o esporte paralímpico estava alcançando. Tive a resposta de que eu estou fazendo a aposta certa, nadar com o meu melhor tempo no 50m livre no Mundial e,  assim,  tive bons resultados no Parapan.”

Farremberg está credenciado a participar da próxima Paralimpíadas, nos 100m livre – categoria S13 (baixa visão).

Marcelo Teixeira: projeto olímpico

Marcelo Teixeira, Pró-Reitor da Unisanta, afirmou que o Santa Cecília dá sequência ao seu ambicioso projeto olímpico de inscrever atletas que representem o Santa e Santos em competições internacionais, principalmente as Olimpíadas de 2016.

“Já estou nas Olimpíadas, já faço parte dela. Nossa família tem uma ambição, de ser a instituição de ensino que vai inscrever o maior número de atletas nessa competição internacional. Sendo em casa e nadando no Brasil, nós já estamos felizes de termos dois desses atletas.”

Para Marcelo Teixeira, é fundamental que outros que possuem muitas chances e potenciais também consigam inscrever os seus nomes e o da Unisanta na piscina do Rio de Janeiro. “Quando dizemos que já estamos presentes é porque a única instituição de ensino do Brasil que desenvolve este trabalho é o Santa Cecília”.

Existem países que já fazem esse trabalho há muitos anos, mas no Brasil as instituições de ensino ainda não entenderam que este é um caminho de vitórias para a formação do indivíduo e do cidadão, ressaltou o dirigente.

“O Santa Cecília não quer apenas inscrever esses atletas nas Olimpíadas e conquistar medalhas de mundiais, mas, acima de tudo, apostar que estas crianças e adolescentes também continuarão escrevendo seus nomes nas competições internacionais. Nós estaremos lá no Rio de Janeiro aplaudindo cada um dos nossos atletas e técnicos”, concluiu Marcelo Teixeira.

Próximas seletivas mundiais

O Campeonato Open Correios será de 16 a 19 de dezembro em Palhoça, Santa Catarina. O Maria Lenk, evento teste dos Jogos Olímpicos, será em abril de 2016, no Rio de Janeiro.