Equipe vence Piteco por 2 a 0 na final e se isola como a maior vencedora do torneio, com quatro títulos. Time ganhou todos os jogos que disputou

A taça vai continuar “em casa”. Na manhã deste sábado (30/6), o Colégio Santa Cecília venceu o Colégio Piteco por 2 a 1 na Arena Santos e foi campeão invicto da 10ª Copa TV Tribuna de Futsal Escolar. Defendendo o título do ano passado, a equipe fez história ao faturar seu primeiro bicampeonato consecutivo com méritos. Foram 46 gols feitos, cinco tentos sofridos e vitória em todos os oito jogos que disputou. Campanha impecável!

Agora, o Santa Cecília é o maior campeão da história da competição, com quatro títulos conquistados (2007,2009, 2011 e 2012). Já a equipe de Praia Grande foi vice-campeã pela terceira vez no torneio. As outras duas foram em 2008 e 2009, quando perdeu justamente para o Santa.

E a festa do campeão não se limitou ao título. Após o apito final, André Ânderson, autor do segundo gol, foi eleito o melhor jogador do confronto, enquanto Caio Flaig ganhou o prêmio de Melhor Goleiro, com apenas cinco tentos sofridos em oito partidas. Como consolo do Piteco, seu principal jogador, Osmar de Jesus Gonzaga se tornou artilheiro do campeonato, ao lado de Lincoln de Souza, do Colégio Recanto.

O jogo

Com gols de Felipe e André pelo Santa Cecília e do artilheiro Osmar pelo Piteco, o jogo teve dois tempos distintos. O primeiro tempo foi marcado pela eficiência e disciplina tática da equipe santista que, guardadas as devidas proporções, lembraram o time do Barcelona. Até mesmo a excessiva troca de passes que irrita o adversário. Isso fez com que o Piteco ficasse “preso” na defesa, sem levar perigo algum ao goleiro Caio. Além disso, a equipe se mostrava nervosa. E o atual campeão se aproveitou disso.

Logo no primeiro minuto de jogo, Felipe abriu o placar para o Santa Cecília. Acompanhado por três jogadores do Piteco, o camisa 17 foi carregando a bola do meio até a lateral da quadra, em direção à linha de fundo, sufocado pela marcação. Quando se aproximou da área, Felipe deu um toquinho de bico na única brecha que encontrou e a bola foi no canto direito do gol, sem chances de defesa. O gol fez o adversário acordar e chegar com perigo ao gol ceciliano pela primeira vez, mas o juiz já havia marcado uma irregularidade.

Em vantagem, o Santa Cecília passou a administrar a partida. E a troca de passes prevaleceu. Percebendo isso, o treinador do Piteco pediu tranquilidade ao time, enquanto o técnico interino do Santa, Fabrício (Gino, treinador principal, foi expulso no jogo anterior) mandou a equipe “empurrar” o adversário no campo de defesa. Além disso, Fabrício pediu para o fixo André acompanhar Osmar de perto, pelo fato de o pivô ser o atleta mais perigoso do elenco praiagrandense (àquela altura, ele já era o vice-artilheiro do torneio).

Entretanto, as recomendações não mudaram o rumo da partida. No retorno à quadra, os jogadores do Piteco continuaram a “assistir” o Santa Cecília jogar. Prova disso é que, nos dois primeiros lances, Thiago quase aumentou o placar para a equipe ceciliana. No primeiro, recebeu passe de Kaique e chutou, mas o goleiro Lucas Matheus mandou para escanteio. No segundo, após bela triangulação, o camisa 2 obrigou Lucas a fazer outra defesa. Mas o Piteco não aguentou a pressão e viu o Santa Cecília ampliar com André aos 10 minutos do primeiro tempo.

Esboçando reação sempre que leva um gol, a equipe de Praiagrande atacou com Arthur, que sofreu falta de Thiago perto da área. Na cobrança, o camisa 10 rolou para André (do Piteco) chutar na barreira. No rebote, a bola sobrou para Osmar, rapidamente desarmado por André. Em seguida, no último lance, os jogadores do Santa Cecília trocaram passes no campo de defesa ininterruptamente por quase 30 segundos (uma eternidade no futsal) e esperaram o árbitro encerrar o primeiro tempo. Enquanto eles trocavam passes, ninguém do Piteco passou do meio da quadra para tentar roubar a bola.

Etapa final
No retorno á quadra, o Piteco resolve jogar. A entrada de Luís Gustavo deu outra dinâmica ao time. Em uma tentativa desesperada de reação, o goleiro Lucas Matheus se lançou no ataque e acertou a trave. O Santa Cecília respondeu rápido, quando Kaique tabelou com Thiago e saiu na cara do gol, mas bateu por cima.

A partir daí, a partida ficou eletrizante, com os dois times atacando e levando a torcida à loucura. Faltando menos de cinco minutos, o ceciliano Felipe recebeu bola sozinho dentro da área e bateu em cima do goleiro. No rebote, o camisa 17 chutou pra fora. No lance seguinte, o Piteco quase marcou quando Osmar fez lindo lançamento para Arthur, que não alcançou a bola. Em seguida, mais um tempo técnico foi pedido e o treinador do time praiagrandense mandou todos os jogadores para o ataque.

Quando a bola voltou a rolar, o Piteco veio disposto a fazer os dois gols que levariam a partida aos pênaltis e a situação inverteu, com o Santa jogando somente nos contra-ataques. No primeiro deles, André roubou bola de Osmar e achou Thiago sozinho, que, de frente para o goleiro, perdeu novamente. No lance, André se machucou e foi substituído por João Gabriel.

Entretanto, em seu primeiro lance, João cometeu um pênalti faltando menos de dois minutos. Na cobrança, Osmar chega a seu 15º gol no torneio e empata com Lincoln, do Colégio Recanto, na artilharia do torneio. O gol acendeu o time e a torcida, mas já era tarde.

Ainda deu tempo para Kaique arriscar um chute, de seu próprio campo de defesa, em direção ao gol vazio do adversário. Entretanto, o goleiro Lucas, que ajudava o ataque do Piteco, voltou correndo e conseguiu tirar a bola na linha do gol. Não dava tempo para mais nada. O árbitro apitou e decretou o quarto título da equipe mais vencedora da competição, o Colégio Santa Cecília. Como diria Galvão Bueno, “é tetra!”.

FOTOS: Juliana Kucharuk