Estudantes do Colégio Santa Cecília conquistaram o vice-campeonato e menções honrosas na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) / Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG), realizada em Barra do Piraí, no Rio de Janeiro, de 6 a 10 de agosto. Apenas 40 escolas de todo o Brasil foram classificadas para a etapa nacional. 

Três grupos de alunos do Santa foram os representantes do estado de São Paulo na competição. Na oportunidade, eles apresentaram e fizeram lançamentos de protótipos de foguetes. A análise dos lançamentos não foi avaliada pela altura, mas sim pelo alcance horizontal atingido.

A competição acontece anualmente com o objetivo de oferecer oportunidades ao desenvolvimento acadêmico e prático aos estudantes. Em 2022, Bruno Alcântara do Nascimento e Fernanda Hoffmann Affonso, alunos do Colégio Santa Cecília, garantiram a medalha de ouro na 16.ª Mostra Brasileira de Foguetes.

Grupos – A equipe “Foguete na Caveira”, composta por Bruno Alcântara do Nascimento, Guilherme Grati e Sérgio Luiz de Almeida Vassão Vieira, obteve a 2.ª colocação na Mostra ao alcançar 104 metros com o lançamento do foguete. 

O aluno Guilherme conta que o grupo ficou muito satisfeito conquistando o título de vice-campeão que é muito importante para eles. O foguete do grupo foi confeccionado com garrafa retornável e bico 3D, projeto desenvolvido pelos alunos com a impressora 3D no InovFabLab, Laboratório de Inovação da Universidade Santa Cecília – Unisanta.

“Essas atividades extracurriculares são muito boas. Foi uma experiência muito legal, não só para o currículo, para entrar numa faculdade, mas também como experiência pessoal mesmo”, ressalta ele, destacando o apoio do professor Fábio Quadra e do Colégio, com a elaboração dos projetos, a disponibilidade do uso dos laboratórios e o financiamento da viagem para competição.

Ian Pedrosa Miranda, Thomaz Menezes Soares e Felipe Losano Coelho, da equipe “Sangue, suor e vinagre”, e Guilherme Accioly Gomes de Aguiar, Nicholas Augusto Silva e Pedro Motta Cappra, da AstroDynamics, obtiveram menções honrosas na competição.

O aluno Felipe comenta que, mesmo não ganhando um dos títulos, entende que adquiriram experiência para que no ano que vem tenham um desempenho muito melhor: “A nossa expectativa é a mais alta, a gente acredita que, no ano que vem, a gente pode sair muito melhor até por conta de todo o aprendizado que coletamos lá porque são dias de palestra em todos os grupos, apresentações de projetos. Vamos juntando o melhor que cada projeto pode oferecer para aprimorar nossas ideias para que no ano que vem a gente se saia muito melhor”.

Entre os momentos marcantes na competição, ele fala do fato de terem que sempre melhorar o planejamento, por conta da pressão durante o lançamento, com a qual não estão acostumados, mas, como tinham feito todo o planejamento previamente, conseguiram trabalhar de forma eficiente, rápida e focada. 

“A sensação foi algo inacreditável porque é uma experiência muito boa e que todos deveriam participar”, comentou o estudante Pedro Mota, que ressaltou que, como uma oportunidade inovadora e prática, possibilitou também conhecer muitas pessoas de diferentes regiões do Brasil. 

Por fim, o professor Fábio Quadra conta sobre a importância para os estudantes de ter participado da MOBFOG. “A gente foi no intuito de participação e de experiência por já que no ano passado tivemos um único grupo e que conseguiu medalha. Isso também empolgou todos eles. Não é somente o lançamento, é uma experiência em que eles aprendem muito, tem palestras, um momento em que trocam ideias com outros grupos de todo o país”. 

Sobre o evento – Anualmente, a SAB (Sociedade Astronômica Brasileira) promove dois eventos educacionais voltados para alunos de todo o Ensino Fundamental e Médio: a OBA e a MOBFOG. Diferentemente da OBA, uma prova teórica, a MOBFOG consta de uma competição prática de lançamento de foguetes na qual equipes de até três alunos podem se inscrever por intermédio de suas escolas. Os alunos são divididos em quatro níveis de acordo com sua série escolar, e cada nível exige um modelo diferente de foguete:

  • Nível 1: destinado aos alunos matriculados do 1.º ao 3.º ano do EF;
  • Nível 2: destinado aos alunos matriculados no 4.º e 5.º ano do EF;
  • Nível 3: destinado aos alunos matriculados entre o 6.º e 9.º ano do EF;
  • Nível 4: destinado aos alunos matriculados em qualquer série/ano do Ensino Médio.

Dependendo do nível, os foguetes podem voar por simples impulso ou ter algum tipo de combustível, geralmente água e ar comprimido ou bicarbonato de sódio e vinagre. A competição consta de duas fases: na primeira os alunos devem gravar um vídeo apresentando a equipe, seu foguete e, por fim, o lançamento. Depois, devem mandar para a organização esse arquivo junto com as especificações do alcance obtido. As melhores equipes, então, são selecionadas para a segunda fase da competição, a Jornada de Foguetes, desta vez de forma presencial, na sede do evento.