Aluno do Colégio vai integrar primeira equipe de brasileiros em olimpíada de astronomia nos EUA

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“Esse é um dos meus objetivos de vida, incentivar as pessoas e mostrar como o estudo te leva a lugares que você nunca imaginou”. O depoimento é de Andrey Estevam Seabra, aluno da 3.ª série do Ensino Médio do Colégio Santa Cecília, que foi convidado para participar da 3.ª edição da Olympiad Copernicus e integrar a primeira equipe de brasileiros que irá realizar o exame na disciplina de Física e Astronomia.

É a primeira vez na história do Santa Cecília que um estudante irá realizar este exame, reconhecido mundialmente como a mais importante olimpíada escolar. Vale destacar que apenas alunos a partir do 7º ano do Ensino Fundamental podem participar da prova de Física e Astronomia. A competição tem 5 disciplinas principais: Matemática, Ciências Naturais, Física e Astronomia, Segurança Cibernética e Festival de Cinema.

O evento, que reúne estudantes do 5.° ano do Ensino Fundamental ao 4.° ano do Ensino Técnico (ou 3.° ano do Ensino Médio, no caso do Brasil), está programado para acontecer entre os dias 22 e 26 de janeiro de 2023, no Centro Espacial Lyndon B. Johnson da Nasa (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço, na tradução para o português), na cidade de Houston, no estado do Texas, nos Estados Unidos.

Além da prova, os participantes irão conhecer as instalações da Nasa, para entender um pouco mais sobre o lançamento de foguetes e como funciona toda a questão da astronomia envolvida nos seus processos internos.

Um dos lançamentos que Andrey irá acompanhar na Nasa será o de foguete à base de água, o mesmo que o Ensino Fundamental usou na competição da OBA (Olimpíada Brasileira de Astronomia), em setembro passado, em que foi medalha de ouro, no time formado pelos alunos Bruno Alcantara do Nascimento e Fernanda Hoffmann Affonso (ambos da 2.ª série do Ensino Médio) e comandado pelo professor Fábio Luís Vasconcelos de Quadra, que ministra Física no Colégio Santa Cecília.

Eles levaram a medalha de ouro na 16.ª Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG), com lançamentos realizados durante a Jornada de Foguetes, na cidade de Barra do Piraí, no Rio de Janeiro, onde concorreram com estudantes de todo o País.

“Com o conhecimento que eu adquirir lá com o pessoal da Nasa, vou trazer para o Colégio. Com certeza, o pessoal que for participar do Fundamental vai ter muita coisa a se destacar na competição, pelo conhecimento que vou trazer”, falou o estudante do Ensino Médio.

Como surgiu o convite?  – Em julho, Andrey foi medalhista de ouro na prova teórica da Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA). Ele acertou 90% da prova e, com isso, conseguiu a convocação para ser um dos competidores da seletiva internacional de astronomia, que definiu os candidatos à Olimpíada Internacional de Astronomia. Graças a estes dois excelentes resultados, conseguiu o convite para ir à Olympiad Copernicus.

“É uma prova bem exclusiva, muito poucos brasileiros vão, estimativa de cinco ou menos, e é algo que me deixou realmente muito feliz, porque, em meio ao Brasil inteiro, fui um desses classificados”, falou o empolgado estudante.

Mas, para alcançar êxitos tão grandiosos em olimpíadas escolares e sair do Brasil graças ao seu conhecimento na área de exatas, Andrey sabe da importância do estudo em sua vida.

Para ele, o Colégio prega três valores que são primordiais para a educação no Brasil e que deveriam ser replicados por todas as instituições educacionais: a proatividade em buscar sempre novas olimpíadas para os estudantes participarem, não só da área de exatas, como também de humanas e biológicas; o incentivo em sala de aula; e a assistência, tanto emocional, quanto profissional, na resolução de exercícios e questões sobre provas anteriores.

“É um diferencial muito grande do Santa Cecília, que me ajudou nessas preparações de todas as provas, desde a Olimpíada Internacional de Matemática, que eu consegui o bronze, até essa que vou em janeiro. Em todas, eles me ajudaram muito mesmo”, justificou.

E um dos responsáveis por apresentar o caminho dos estudos da Astronomia foi o professor Fábio, que sempre o ajudou nas olimpíadas em que disputou. “Sou muito grato a ele, ao Santa também, por ter feito conhecer o Fábio, que foi uma luz na minha vida. Foi ele que mudou minha visão sobre os estudos da Astronomia”.

Levando no peito o nome do Colégio Santa Cecília, o estudante chegou àquilo que é considerado o “teto” na disputa de exames escolares. “Nunca tinha saído do estado de São Paulo, até ir para o Rio de Janeiro competir. Estou dando uma volta ao mundo para competir. E pensar que o estudo abre tantas portas e caminhos”, finalizou.