A superpopulação de pombos na região será mais uma vez objeto de estudo do professor pesquisador da Universidade Santa Cecília (Unisanta), Eduardo Ribeiro Filleti. A partir de 8 de março, o médico veterinário realizará novo trabalho com diferentes metodologias nas cidades de Santos e São Vicente.

De acordo com Filetti, serão analisados aspectos sobre a saúde dos pombos no meio poluído, média reprodutiva, alimentos preferidos, entre outros tópicos. O objetivo é apurar a população urbana e a eventual disseminação de doenças por parte da ave. “O pombo se reproduz com muita facilidade na região, pois temos comida em abundância (no porto e pessoas que alimentam), ausência de predador natural, como o gavião, e uma geografia favorável”, disse.

A pesquisa atual apresentará novidades. “As fezes secas das aves serão analisadas. Faremos também a necropsia de pombos mortos para identificar efeitos da poluição e aplicaremos um questionário com as pessoas para saber o que acham e se alimentam os pombos”, afirmou.

A pesquisa terá duração de um ano e será realizada em 70 pontos de Santos e 60 de São Vicente. Em 2016, Filetti pretende expandir a pesquisa para os municípios de Cubatão, Guarujá, Praia Grande e Bertioga.

“Temos que ser racionais e propor aos nossos governantes um controle de natalidade por meio de anticoncepcionais, que podem ser dados na comida, e evitar o derramamento de grãos, principalmente na área portuária, pois com alimentos em abundância com certeza vão se reproduzir em larga escala causando mais problema”, conclui.

O pesquisador ressalta que as aves são protegidas por lei federal e qualquer abuso será considerado crime.

Estas pesquisas são realizadas desde 1995, pela mesma equipe, nas cidades de Santos, São Vicente e Praia Grande, com grande receptividade nos centros de pesquisa e entre os estudiosos sobre aves e problemas urbanos de difícil resolução no mundo moderno. Na avaliação de 1995/1996, constatou-se que havia de 100 mil a 120 mil pombos em Santos, sem perigo de contaminação de pessoas.