O Prof. Dr. Matheus Rotundo, vinculado ao curso de graduação em Ciências Biológicas (Biologia Marinha) e dos Programas de Mestrado em Auditoria Ambiental e Ecologia da Unisanta, participou, de 27/09 a 01/10, da VI Oficina de Avaliação do Risco de Extinção de Peixes Marinhos Brasileiros.
As oficinas são realizadas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) do Ministério do Meio Ambiente, o qual convida especialistas de todo o Brasil para contribuir no processo de avaliação, que tem como objetivo a conservação das espécies de peixes marinhos do Brasil.
Segundo Rotundo, a realização destas oficinas é de grande importância para a manutenção da biodiversidade marinha brasileira “Os especialistas de diferentes instituições de pesquisa de todo o Brasil se reúnem para copilar as informações sobre aspectos da biologia, ameaças e conservação das espécies de peixes marinhos que ocorrem no litoral brasileiro”.
Ainda de acordo com o pesquisador, que também é o curador do Acervo Zoológico (AZUSC) e coordenador do Núcleo de Análises Socioambientais (NASA) da Unisanta, sua participação é efetiva desde 2011, quando integrou a equipe do processo de avaliação em Brasília – DF. “As oficinas permitem a troca de informações regionalizadas para uma avaliação nacional, onde o intuito é conservar as espécies de peixes marinhos, mas também dar indicativos para estudos que são necessários de serem realizados”.
Nesta oficina, por exemplo, foram avaliadas as três espécies de cavalos-marinhos que ocorrem no Brasil. A espécie que é símbolo da Unisanta se encontra em risco de extinção, devido à degradação do ambiente, pesca ilegal, poluição e comércio para fins ornamentais. Uma das espécies está sendo estudada pela equipe composta por alunos e pesquisadores do Acervo Zoológico e do ICMBio, que em breve terão seus resultados preliminares apresentados no 13º Congresso Brasileiro de Iniciação Científica, organizado pela Unisanta. “Toda informação sobre espécies ameaçadas é importante para auxiliar nas decisões sobre a gestão sustentável dos recursos naturais. A realização de parcerias científicas possibilita o desenvolvimento de diversos estudos, que, utilizando o mesmo material, podem gerar informações de diferentes aspectos biológicos”.
O prof. Rotundo finaliza destacando a importância de coleções científicas e a integração com o setor pesqueiro: “Sempre buscamos interagir com todos os usuários dos recursos naturais, desde 2000 desenvolvemos o projeto chamado Pró-pesca: pescando o conhecimento que integra pesquisadores e pescadores artesanais, industriais e esportivos para viabilizar a realização de diversos estudos com diferentes abordagens científicas, além de fomentar a coleção científica, responsável por grande parte dos estudos sobre peixes marinhos e estuarinos brasileiros na Unisanta”.