INPI registra software criado por pesquisadores da Unisanta para ajudar no diagnóstico de câncer de pele

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Uma ferramenta computacional inovadora criada para ajudar o profissional a emitir diagnósticos de câncer de pele com rapidez e maior confiabilidade é mais um dos projetos do Núcleo de Inovação Tecnológico da Universidade Santa Cecília (NIT-Unisanta) registrados no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), do Ministério da Economia.

O software DiagCancerPeleRaman-LPA2v, um Programa de Computador, é resultado de pesquisas desenvolvidas no Laboratório de Lógica Paraconsistente Aplicada da Unisanta (LaboLPA) que têm por objetivo o diagnóstico de lesões de câncer de pele através da Espectroscopia Raman (que consiste em emitir uma luz laser na pele do paciente e capturar pulsos de energia devido a vibrações moleculares) e Lógica Paraconsistente.

De acordo com um dos autores do programa, o Prof. Dr. João Inácio da Silva Filho, da graduação em Engenharia Elétrica e da Computação e do Programa de Mestrado e Doutorado em Engenharia Mecânica da Unisanta, atualmente o diagnóstico de câncer de pele utiliza protocolos que vão desde a visualização da lesão até os testes laboratoriais que demoram a ser finalizados. “Os sinais do espectro Raman das lesões de pele são normalmente analisados por processos estatísticos multivariados. No caso dos sinais de lesões de pele, estes sistemas estatísticos, apesar de apresentar bons resultados, levam muito tempo computacional para processar os dados e são difíceis de ser representados por algoritmos, o que dificulta a construção de Sistemas Especialistas dedicados ao diagnóstico de câncer de pele”.

Por outro lado, segundo o pesquisador, “a Lógica Paraconsistente possui algoritmos capazes de fazer esta análise com muita eficiência e rapidez, o que faz o Software DiagCancerPeleRaman-LPA2v com potencialidade de aplicação imediata na área médica”.
O estudo do espectro da frequência destes pulsos identificam tipos de lesões que podem ser de tecido de pele normal, pré-canceroso ou canceroso.

Atualmente os espectroscópios Raman já estão sendo fabricados em formato portátil, o que possibilita ao paciente que reside longe dos grandes centros realizar a verificação por espectroscopia Raman em uma mancha na sua pele. Estes sinais são guardados em arquivo e enviados a um centro médico. “Dessa forma, através de arquivos recebidos pelo paciente, o software poderia identificar se a lesão é uma mancha de pele normal, ou se é pré-câncer, um câncer não melanoma, ou se é melanoma, que é bastante agressivo, de forma rápida e precisa”.

Pesquisas – Na opinião de Inácio, a Unisanta cumpre o seu papel produzindo conhecimento através de estudos e desenvolvimentos de pesquisas em seus laboratórios, pois existe o envolvimento de recursos financeiros e de pesquisadores nestes projetos que apresentam como resultado final um produto, na forma de um protótipo, que pode ser identificado como uma invenção material ou um Aplicativo de Computador. “Após esta fase de invenção, existe o processo de transferência de tecnologia que se resume em industrializar o Protótipo ou o Aplicativo produzido, tornando-o um produto tecnológico industrializado. Isto é importante para que as pesquisas desenvolvidas resultem em benefícios para a sociedade na forma de usabilidade do produto e na criação de empregos na sua fabricação”, afirma.

INPI – Para proteger a autenticidade da invenção dando segurança jurídica, evitando contestação de autenticidade, o projeto foi patenteado e registrado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Os procedimentos seguem a Lei da Propriedade Industrial (Lei nº. 9.279/96), a Lei do Direito autoral (Lei nº. 9.610/1998) e a Lei do Software (Lei nº. 9.609/1998). A validade do direito é de 50 anos a partir do dia 1° de janeiro do ano subsequente à sua publicação ou, na ausência desta, da sua criação.

Com o objetivo de criar banco de patentes e Registro de Programa de Computador, a Universidade Santa Cecília instituiu, em 2014 o Núcleo de Inovação Tecnológico (NIT). O Núcleo tem como finalidade oferecer uma resposta à conscientização de que as invenções devem ser criadas e disponibilizadas para todos, em benefício da sociedade. Quinze projetos da Unisanta já foram registrados no INPI e oito estão em fase de análise. Informações sobre o NIT podem ser encontradas em: https://www.unisanta.br/Servicos/Nit.

Autores – Além de João Inácio da Silva Filho, desenvolveram o software DiagCancerPeleRaman-LPA2v os pesquisadores: a Profa. Dra. Dorotéa Vilanova Garcia, da graduação em Engenharia da Computação e do Programa de Mestrado e doutorado em Engenharia Mecânica da Unisanta; o Prof. Dr. Mauricio Conceição Mario, da graduação em Engenharia Elétrica e da Computação e do Programa de Mestrado e Doutorado em Engenharia Mecânica da Unisanta; o Prof. Dr. Landulfo Silveira Junior, do Programa de Mestrado e Doutorado em Engenharia Mecânica da Unisanta; Prof. Dr. Marcos Tadeu Tavares Pacheco, do Programa de Mestrado e Doutorado em Engenharia Mecânica da Unisanta, e ainda Guilherme Gonçalves Chagas, aluno da graduação em Engenharia da Computação.