Mesmo em um ano atípico como este, o InovFabLab, laboratório de inovação da Unisanta, não parou seus trabalhos e vêm realizando projetos que, além de investirem em inovação e promover o desenvolvimento dos alunos envolvidos, ajudam a sociedade no combate à pandemia da COVID-19.

A instalação faz parte do Complexo de Laboratórios da Universidade, que atende às exigências da indústria 4.0, a quarta revolução industrial que está para chegar, de um mundo conectado à inteligência artificial e a outras conquistas tecnológicas. Esse laboratório foi inspirado na tradição norte-americana, iniciada no Massachusetts Institute of Technology – MIT, os fab labs, os chamados laboratórios de inovação.

Segundo o FabManager (Gerente de Laboratório) do InovFabLab, Sergio Schina de Andrade, desde que a Baixada Santista ficou na fase amarela do Plano São Paulo, a utilização do laboratório ficou sujeito a várias normas e pré-requisitos de conduta, como uso de máscaras e de álcool em gel, distanciamento de 2 metros e um máximo de 4 alunos por vez no recinto.

O FabManager destacou que, para o estudante utilizar o InovFabLab, é necessário antes fazer um curso semipresencial de capacitação e agendar de forma on-line através do website do próprio laboratório, além de outros requisitos que são descritos no site do InovFabLab. Schina ainda comentou alguns projetos já realizados e em andamento pelo InovFabLab, além de trabalhos futuros do laboratório.

A produção de mais de três mil máscaras de proteção de rosto (Face Shields) por meio de impressora 3D e cortadora a laser é um exemplo de projeto já finalizado. Batizado de Hope Shields, foi uma parceria entre a Unisanta e o Rotary Club de Santos-Porto e Rotary Club Satélite de Santos-Porto, que beneficiou vários hospitais e policlínicas da região. Além disso, o InovFabLab, também usando a cortadora a laser, projetou e fabricou um totem de álcool (geralmente presente na entrada de comércios), montado totalmente sem parafusos.

Entre os projetos em andamento está o de contagem de pessoas de acordo com as normas da pandemia, que consiste em um equipamento que usa dois feixes de laser, que diferencia os movimentos de pessoas entrando e saindo de determinado recinto, controlando esse fluxo. “Esse projeto é baseado nos conceitos de internet das coisas, onde essa informação é enviada através da internet, utilizando wi-fi, armazenando dados estatísticos”, comentou Schina.

Projetar e confeccionar drones também já é uma realidade no InovFabLab. Os interessados nesse tipo de aeronave não tripulada remotamente pilotada (RPA) têm a possibilidade de configurar um modelo próprio, utilizando as impressoras 3D, cortadoras a laser e fresadora de circuitos eletrônicos. O FabManager do laboratório comentou outro objetivo dessa iniciativa: “Esse projeto visa dar a possibilidade de treinamento em simuladores para os alunos do curso, para poderem estar com uma boa noção na hora de pilotar o próprio equipamento”

Entre outras iniciativas atuais do InovFabLab estão: a caixa desinfectante de ultravioleta, que emite uma luz ultravioleta cujo comprimento de onda destrói vírus e bactérias; a geladeira para mantimentos de produtos para tratamento de diabetes, que visa criar um equipamento eficiente e de baixo custo; e a digitalizadora de documentos para celular, que pretende criar um suporte de baixo custo para digitalizar documentos.

Quanto aos próximos projetos do InovFabLab, Sergio Schina citou, entre as iniciativas futuras, o projeto de automação do laboratório, que abrange as luzes, a abertura da porta, o controle de reservas on-line dos equipamentos, com displays com o nome da pessoa que reservou cada equipamento, e a trava de abertura e fechamento automático para segurança dos alunos na cortadora a laser. “Acreditamos iniciar até o final do ano”, pontuou Schina.

Além disso, um projeto de barco modelismo (produção de réplicas reduzidas de embarcações) está nos planos do InovFabLab, que utilizará mais uma vez as versáteis impressoras 3D, além das cortadoras a laser e fresadoras de circuitos para o trabalho. “(O projeto) Terá um caráter acadêmico, onde principalmente os alunos de engenharia terão a oportunidade de fazer o design do barco e imprimir em impressoras 3D” comentou o FabManager.

Sergio Schina ainda reforçou o caráter do inovador laboratório da Unisanta e seus objetivos: “O InovFabLab tem o objetivo principal de criar pontes acadêmicas entre ideia e ação, colocar em prática o que se tem em mente, praticar a ideação. Os principais objetivos (do laboratório) é a realização da interdisciplinaridade e também a aproximação das pessoas que não são da área, de poderem ter acesso à tecnologia, e a melhor forma é assim, dando exemplo com projetos e oferecendo treinamentos para todos”.

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