Quase 500 projetos foram apresentados por graduandos de instituições de ensino públicas e particulares da região durante o Cobric 2017
Soluções inovadoras e com caráter empreendedor foram apresentadas nas mais diversas áreas do conhecimento durante o IX Congresso Brasileiro de Iniciação Científica – Cobric, promovido pela Universidade Santa Cecília (Unisanta), nos dias 26 e 27 deste mês.
No primeiro dia, cerca de 150 projetos de Engenharia e Arquitetura e Urbanismo foram apresentados pelos universitários. No total, estiveram expostos 480 trabalhos de instituições de ensino públicas e particulares da Baixada Santista e de outras localidades do País. A novidade foi a participação de alunos dos cursos de Ensino a Distância (EaD) da Unisanta, além de trabalhos de iniciação científica de estudantes do ensino médio do Santa Cecília e de outras escolas.
Na oportunidade, a reitora Sílvia Teixeira Penteado, e a presidente da Unisanta, Lúcia Teixeira, fizeram a abertura oficial do congresso, destacando o alto nível e o expressivo número de trabalhos aprovados, com propostas criativas e reflexões para questões sociais, ambientais e tecnológicas.
Qualidade do ar na palma das mãos – Um dos grupos de Engenharia, formado pelos alunos Gustavo Furlan e Motasem Bechir El Malat, desenvolveu um aplicativo para alerta da qualidade do ar através da leitura de dados das estações de monitoramento da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).
Atualmente, esses dados estão disponíveis apenas no site da Cetesb. Com o aplicativo, que será inserido em breve pelo grupo no serviço de distribuição digital Google Play, é possível ter informações atualizadas a cada 40 minutos das condições da qualidade do ar na região, presença e tipo de poluente, além das consequências para a saúde em caso de inalação do produto.
Os alunos do 4º ano de Engenharia de Computação da Unisanta, orientados pelos professores Alexandra Penteado Sampaio e Luís Fernando Ferrara, criaram um sistema que, além de receber e interpretar os dados gerados pelas estações de monitoramento da Cetesb, emite uma notificação de alerta quando as condições do ar estão impróprias.
Dispositivo para deficientes auditivos – Também inovador, um outro trabalho dos alunos de Engenharia de Computação, Davi Augusto Kleiser dos Santos, Gabriel de Carvalho Souza, Gustavo Dias Lobianco de Souza e Letícia Barboza Clavisso, teve cunho social e utilizou o conceito IOT – Internet das Coisas, isto é, a comunicação entre objetos e entre estes e a internet.
Com o tema Dispositivo de auxílio a deficientes auditivos para substituição da campainha residencial, o protótipo consiste em uma pulseira que emite luz, além de promover uma vibração no pulso do usuário portador de deficiência auditiva, assim que alguém chega na residência e toca a campainha. O dispositivo é acionado por comunicação wi-fi
Os alunos explicaram que, diferente do sistema atual, pelo qual o deficiente auditivo toma conhecimento da chegada de alguém apenas com o acender de luzes instaladas em alguns pontos da casa, a invenção facilitará a vida dessas pessoas, pois a indicação estará acoplada no próprio corpo, sem que haja a necessidade da presença da pessoa no ponto exato da casa onde há uma lâmpada acoplada à campainha.
A orientação foi dos professores Tatiani de Paula Pinotti; Luís Fernando Pompeo Ferrara.
Protótipo para diagnosticar a Fibromialgia – Criado de forma interdisciplinar, com envolvimento dos cursos de Engenharia Eletrônica e Fisioterapia da Unisanta, o trabalho intitulado Desenvolvimento de um dolorímetro digital, dos alunos Carlos Renato Rocha Pauperio, Felipe Goncalves da Silva, José Horácio de Oliveira Junior e Lucas Leonardo de Almeida Pimentel, também foi voltado à área da saúde.
A ideia foi desenvolver um dolorímetro digital, de custo inferior ao encontrado no mercado. O protótipo tem a finalidade de indicar a força aplicada pelo profissional de saúde em pontos específicos do corpo do paciente, de forma a identificar a possibilidade da existência da fibromialgia – uma síndrome comum em que a pessoa sente dores por todo o corpo durante longos períodos, com sensibilidade nas articulações, nos músculos, tendões e em outros tecidos moles.
Conforme os autores, o diagnóstico se dá durante avaliação do profissional, que usa o dedo para fazer pressão no corpo do paciente, identificando o nível de dor. Com o auxílio do dolorímetro, é possível aplicar a pressão adequada e obter uma resposta mais precisa por parte do paciente.
A proposta dos alunos é disponibilizar o instrumento para uso na Clínica de Fisioterapia da Unisanta. A orientação foi dos professores de Engenharia, Luís Fernando Pompeo Ferrara, Raquel Galhardo de Carvalho Lopes Araújo e do prof. Ivan Cheida Faria (Fisioterapia).