O Herbário da Universidade Santa Cecília – Unisanta, com a participação da ex-aluna de Ciências Biológicas Tainá de Angelis, se destacou na mídia recentemente ao ser citado em uma matéria especial sobre Pancs (plantas alimentícias não convencionais), da revista O Biólogo, publicada pelo Conselho Regional de Biologia.
As comemorações de 20 anos do Herbário foram lembradas na matéria, já que nesta ocasião, foi organizado o II Café com Botânica, em que foi falado especialmente sobre esse tipo de planta com potencial alimentício. A professora e bióloga Zélia Rodrigues, curadora do Herbário, comentou sobre o evento, que contou com a participação do professor Milton Costa Lima Neto, responsável por explicar a importância das Pancs para os alunos.
“Aprendi ao ouvir a palestra do professor que em 2050, ano em que se aguardam muitas mudanças climáticas para o planeta, as Pancs deverão resistir. Elas são plantas rústicas, espontâneas. Os passarinhos levam suas sementes para todos os lados. Pode-se colhê-las onde nascem. E não é necessário um manejo especial para o cultivo, como ocorre com uma cultura de arroz ou trigo. É algo bem mais fácil e não tem exigência de produção em grandes propriedades. Você planta em sua casa mesmo”, afirmou a curadora.
A bióloga Tainá de Angelis, formada no curso de Ciências Biológicas da Unisanta, se tornou uma referência na região sobre o assunto, com um livro cheio de receitas para as plantas, como cobertura de bolo com lírio amarelo e flor do ipê amarelo empanada.
Tainá se formou em 2020 e desde o primeiro mês de faculdade, atuou como estagiária no Herbário, onde começou com um interesse nas briófitas, que, inclusive, acabou se tornando o assunto de seu Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado no Congresso Nacional de Botânica, em Cuiabá, em 2018.
Após algumas atividades, o interesse pelas Pancs começou a crescer e a então aluna começou a estudar sobre o assunto e se arriscar na cozinha. “Este é um campo de pesquisas mais explorado por nutricionistas do que por biólogos. Como bióloga, desejo mostrar às pessoas que o alimento saudável não é caro e está por todos os cantos. Contudo, é necessário saber identificá-lo, para não correr o risco de comer a planta errada. Tenho o projeto de fazer um livro que possa identificar claramente ao leitor essas plantas comestíveis, adicionando receitas a partir delas”, explicou ela.
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