Mais de 170 trabalhos de iniciação científica estão sendo apresentados ou expostos no Congresso Brasileiro de Iniciação Científica (COBRIC) – Ideias e soluções para uma sociedade sustentável, promovido pela Universidade Santa Cecília (Unisanta), até o dia 9 de outubro. O porto, estuário e sustentabilidade, petróleo, habitação popular, telefonia, edificações e fitoterapia estão entre os temas dos minicursos oferecidos aos 876 participantes de todas as partes do Brasil. Os interessados ainda podem fazer a inscrição para participar dos minicursos no pátio do bloco M.
Minicursos – Entre os minicursos programados para o dia 9/10, às 8h30 estão: Gerenciamento de projetos – Prof. Ms. Gilberto Guido Oliveira Dallan – Sala M226; Habitação Popular e Sustentabilidade – Profa. Andrea Ribeiro Gomes – Sala M437; Canais de Santos – Prof. Dr. Sidnei Piochi Bernardini – Sala M438; Edificações sustentáveis – Prof. Ms. Nelson Gonçalves Lima Jr – Sala M536 e Aspectos Atuais e Futuros do Diagnóstico em Endodontia – Prof. Dr. Celso Caldeira – Sala M122.
Às 14 horas, serão realizados os minicursos: Porto e Sustentabilidade – Prof. Dr. Luiz Antonio de Paula Nunes – Sala M 219; Noções básicas sobre geopolítica do petróleo – Prof. Robson José Dourado – Sala M436B e Remineralização dentinária em desenvolvimento na disciplina de dentística – Prof. Dr. Mario Claudio Mautoni e Prof. Dr. Mario Sergio Sandoval – Sala M436A.
Trabalhos Científicos – Entre os trabalhos de iniciação científica expostos no pátio do Bloco M do Campus está o estudo Automedicação Infantil: O uso indiscriminado de medicamentos nas cidades de Santos e São Vicente. As estudantes do 8º semestre do curso de Farmácia da Unisanta, Ayra Zaine Rodrigues Urbano, Andréia Costa Almeida e Mônica Pontes Henrique aplicaram um questionário em quatro farmácias da periferia e de bairros nobres de Santos e São Vicente, com o objetivo de avaliar o uso de medicamentos em crianças de 0 a 15 anos sem a devida prescrição médica. De acordo com as estudantes, o uso indevido de medicamentos nessa faixa etária sem a prescrição médica pode ocasionar o mascaramento de doenças graves e o alívio dos sintomas pode encobertar as doenças de base, causar reações adversas e desenvolver resistências bacterianas.
Após a análise dos questionários, as alunas concluíram que a automedicação infantil está inserida na população como atividade comum e é exercida independente de classe social. Elas afirmam que a atuação do farmacêutico nesse âmbito é grande, porém ineficaz e que é o seu papel orientar o responsável para o perigo iminente desta prática.
O trabalho foi aprovado e será apresentado no Congresso Internacional de Assistência e Atenção Farmacêutica, na Espanha, no final do mês de outubro. As estudantes foram orientadas pelo prof. Valter Garcia e apresentarão o estudo como Trabalho de Conclusão do Curso.
O desmatamento nas áreas de manguezal foi o tema abordado em mais de um trabalho de iniciação científica. Os estudantes do 4º ano de Ciências Biológicas da Unisanta, Giovani Augusto Pedro, Gabriel de Jesus Almeida e Emerson Silva Ribas, orientados pelo prof. Paulo de Salles Penteado, desenvolveram o trabalho Existência: O carbono do manguezal na área do Sítio Sandi, Santos-SP. O local fica entre os rios Diana e Sandi, ao lado da Ilha Barnabé, onde o terminal da Empresa Brasileira de Terminais Portuários – Embraport irá operar.
A pesquisa teve como finalidade discutir a importância da fixação do carbono em áreas de manguezal e estimar a quantidade fixada pela vegetação existente na área, através da biomassa em espécies de manguezal. Os estudantes concluíram que grande parte do manguezal sofre com o desmatamento e a poluição provinda do porto de Santos. As atividades de restauração e criação das espécies simbolizam a crescente preocupação da sociedade com a importância desses ecossistemas. O seqüestro de carbono da atmosfera pode contribuir para o efeito estufa.
O replantio de mudas de manguezal foi o assunto abordado por um grupo de alunos do 1º ano de Ciências Biológicas da Unisanta. A convite da empresa Embraport e com o auxílio dos biólogos do Projeto Remangue (Unisanta/Petrobras/Sest-Senat), os estudantes desenvolveram a pesquisa Salvamento de mudas de mangue provenientes da área destinada à implantação de terminal portuário para reflorestamento de área degradada do estuário de Santos e São Vicente.
Os manguezais auxiliam na linha costeira evitando os processos erosivos e retendo grandes quantidades de sedimentos. Os estudantes fizeram o resgate de mudas e propágulos das áreas a serem suprimidas na Embraport e os destinaram ao reflorestamento da área do Sest-Senat, no bairro Cidade Náutica III, em São Vicente.
Foram replantadas 2329 mudas e 700 propágulos em um mutirão organizado pelos estudantes com o auxílio de escoteiros da Serra do Mar e alunos da rede pública de São Vicente. A área reflorestada com as mudas de manguezal corresponde a aproximadamente 0,2 hectares.
A pesquisa foi realizada pelos estudantes Alexandre dos Santos, Alan Souza, Amanda Souza, Daniela Costa, Giulliano Failla, Mariana Miranda, Jéssica Massuda, Juliana Franco, Nicole Cruz, Paula Berches, Rafael Pinheiro e Yula Ruiz. Eles foram orientados pelo prof. Fábio Giordano, e tiveram o auxílio do biólogo Bruno Kamada, dos biólogos do Projeto Remangue Herbert Santo Lima e Tatiana Marques e dos biólogos da Embraport Alexandra Helena Lisboa Boldrin.

O COBRIC tem como objetivo fomentar o debate sobre sustentabilidade e estimular a produção científica. Outras informações no site: www.unisanta.br/cobric