Oferecer uma solução que permita ao jovem deficiente visual praticar atividade física, promovendo saúde e bem-estar, foi o objetivo do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) Triciclo Adaptado para Deficiente Visual Acompanhado, de alunos do Engenharia Mecânica da Universidade Santa Cecília (Unisanta).

O trabalho dos formandos Enzo Higuti Armani, Fábio Paiva Greco Pereira, Guilherme Nascimento Pires, Henrique Melo Pellegrino Pedro, Matheus Garcia Pires e Ricardo Steger Giangiulio teve como propósito desenvolver um equipamento para transportar um passageiro com deficiência visual, que poderá pedalar veículo, acompanhando por uma pessoa que pilota.

O triciclo foi doado ao aluno do Colégio Santa Cecília Guilherme Scorza e visa atender às necessidades específicas do jovem, cujo desenvolvimento físico durante a adolescência tem sido impactado.

Carlos Alberto Moino, coordenador do curso de Engenharia Mecânica e orientador dos alunos, compartilha como foi a sensação de desenvolver o projeto: “Pra gente foi uma alegria e uma honra desenvolver esse projeto, ele afeta também os alunos pelo lado emocional e da solidariedade e de se colocar em outras situações, isso vai muito além da técnica e da tecnologia. É um projeto muito especial e gratificante”.

Guilherme Pires, um dos alunos envolvidos no trabalho, conta como surgiu a ideia: “O projeto partiu do próprio professor Moino junto com a Imaculada, mãe do Gui, que tiveram essa ideia para poder influenciar o Guilherme a praticar esportes, se distrair e ficar mais próximo da família e amigos. Quando a ideia surgiu, todo o grupo abraçou e fez com o maior prazer e carinho”.

“Foi uma sensação incrível de liberdade de poder sair correndo por aí, foi espetacular”, afirma Guilherme Scorza, de 15 anos, depois de andar no triciclo pela primeira vez.
Imaculada Scorza, mãe de Guilherme, falou sobre a emoção e a felicidade do filho ao pedalar pela primeira vez: “Ver o Gui feliz, com um sorrisão, o cabelo dele voando, toda essa sensação de que quem anda de bicicleta tem, e poder ver ele sentindo isso foi emocionante”.