Trote solidário mobiliza calouros, veteranos e a comunidade em geral

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A campanha também é aberta à comunidade, que pode cortar no local ou trazer o cabelo já cortado. O trote solidário começou terça (6) e vai até hoje, quarta-feira (7).

Mais uma vez, calouros e veteranos da Universidade Santa Cecília (Unisanta) tiveram a oportunidade de iniciar ou dar continuidade à trajetória universitária participando de ações sociais que contribuem com sua formação como futuros profissionais e principalmente como cidadãos.

Os estudantes estão sendo recebidos com duas importantes campanhas. Doação de cabelo para o Instituto Neo Mama de Prevenção e Combate ao Câncer de Mama. Nos dias 6 e 7 de fevereiro, das 9h às 12h e das 19h às 21h30, no pátio do Bloco M, haverá corte de cabelo solidário (a partir de 15 cm de cabelo), com doação para o Instituto Neo Mama de Prevenção e Combate ao Câncer de Mama, apoio da Equipe Mãos de Tesoura, além de cabeleireiros voluntários. A campanha também é aberta à comunidade, que pode cortar no local ou trazer o cabelo já cortado.

Há também a doação de sangue e cadastro de doadores de medula óssea, com apoio da Associação Pró-Medula Santos. Nos meses de férias os bancos de sangue normalmente registram queda do número de doadores. Este quadro se agrava agora, com o temor de contaminação por febre amarela, pois quem for imunizado só pode fazer doação de sangue depois de 30 dias da vacina.

Andreia Queiroz, dona do salão Morena Moça, que fica na Areia Branca (Zona Noroeste de Santos) acha a iniciativa ótima e considera importante reverter um trote para o bem. “Uma doação de cabelo pode não ser nada para a gente, mas para quem pode ser ajudado é ótimo. A minha avó teve câncer de mama e também doou”. Andreia trouxe à Unisanta 77 mechas de cabelo que suas clientes doaram em um ano.

Eloísa Helena Reis Santiago, de 42 anos, ficou sabendo da ação pelo perfil no Facebook do Pró-Medula e reconhece a iniciativa como algo ótimo. “Já é um costume dos calouros rasparem os cabelos, que acabam indo para o lixo. Para a gente pode não ter muito valor, mas para a pessoa que está recebendo é valioso. É uma chance da mulher em tratamento sair da cama, colocar uma peruca e andar nas ruas de maneira despreocupada”.

Beatriz Alves, caloura de Direito na Unisanta, crê que os dois tipos de trote são válidos, “o mais comum pela brincadeira envolvida e o trote solidário que acredito que todo mundo deveria fazer, pois muitos precisam de ajuda”.

Beatriz sempre doa brinquedos e roupas e conseguiu doar o cabelo mesmo sendo colorido. Ela pensa em doar sangue também e, se tiver a ação do cabelo nos próximos anos, participará.

Felipe Nogueira, calouro de Engenharia Mecânica da Unisanta, diz que estava com o cabelo comprido no ano passado e já tinha o interesse em doar, porém não sabia que a ação seria feita na Unisanta. “Quando fiquei sabendo que a atividade ocorreria na Universidade, resolvi participar, pois isso ajuda as pessoas que mais necessitam”.

Dra. Lúcia Teixeira, presidente da Unisanta, considera uma característica da universidade sempre estar envolvida com ações sociais em que os alunos e a comunidade participam. A educadora enfatiza que desde o início, os calouros já entram nesse clima que visa não apenas favorecer a si mesmo com a sua educação e formação, mas também favorecer e ajudar a quem precisa. É uma característica do seu compromisso social em que a sua profissão e a sua elevação mental, espiritual, cultural possam servir também a comunidade como um todo e a quem precisa também.

E complementa: “E hoje a gente vive aqui este momento de energia positiva, comprovando que quem ajuda aos outros também se ajuda, porque o sentimento de alegria em poder doar aquilo que se tem é muito grande, é muito contagiante nesta ação e como em muitas outras que acontecem aqui em projetos do Colégio Santa Cecília e da Universidade Santa Cecília. Então, os alunos, a comunidade e as famílias dos alunos que aqui compareceram estão de parabéns e estarão envolvidos em muitos outros projetos”.

Gilze Francisco, presidente do Neo Mama, acha sensacional iniciativas como essa. “Ações desse tipo dão a oportunidade de a pessoa fazer esse corte gratuitamente, de uma maneira solidária, e saber que sua doação será transformada em uma peruca”.

Gilze também indica pontos importantes da questão de doar o cabelo. “Não podemos fazer a peruca com uma só doação, são necessários de três a quatro cortes de cabelo para que uma nova peruca seja criada. São 10 metros de franja para que uma peruca seja confeccionada. Então, a pessoa tem uma expectativa de que só o cabelo dela fará uma peruca, o que não é possível”.

E conta mais, “Todo cabelo é importante, não importa que tenha química, progressiva, se ele é grisalho ou encaracolado, se é afro ou se está muito tempo guardado em casa”. A presidente do Instituto Neo Mama conta que teve câncer há 18 anos e meio e diz que a peruca foi muito importante para mostrar que estava próxima de quem era antes.

Ela considera essencial a participação dos alunos na ação social. “A participação dos alunos é fundamental em suas formações, pois no ritmo de vida que se é levado hoje em dia, muitos valores se perdem. Então, entrar numa faculdade onde você encara logo de cara uma situação em que você pode ajudar as pessoas que mais precisam e fazer a diferença toca quem quer ajuda”.

CONFIRA AS FOTOS DA AÇÃO:

Sabrina Moreira, do Studio de Beleza Sabrina Moreira; Kelly Bastos, do Kelly Bastos Hair e Penha Veiga, do Penha Espaço de Beleza, foram as profissionais que participaram da ação pela manhã do dia 6/2! 
Paty Oliver, do Espaço Único; e Alex Batista e Jessica Daval, da Equipe Mãos de Tesoura, foram os cabeleireiros voluntários do período da noite do dia 6/2!
Cris Leão e Luiza Visagista, cabeleireiras voluntárias da manhã de 7/2