Em pesquisa encomendada pelo Nese, da Universidade Santa Cecília (Unisanta), foi constatado que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) para a cidade de Santos, no mês de maio, apresentou inflação 0,21% contra 0,29% em abril, mostrando, portanto, desaceleração da inflação. Em termos de acumulado,  o índice atingiu a 4,83% no ano, sendo esperada uma inflação superior a 8% para este exercício devido ao elevado índice já atingido anteriormente.

Em termos de grupos, os de maior impacto foram: vestuário, transportes e alimentação. Já os grupos despesas pessoais e saúde apresentaram deflação e os demais pequena inflação.

A desaceleração da inflação decorre da forte elevação dos juros e de outras medidas fiscais que estão comprometendo qualquer chance de crescimento econômico neste momento. Aliás, a estratégia do governo é equilibrar as contas públicas através da maior arrecadação e do corte de gastos, para,  a partir de uma economia equilibrada,  retomar a queda gradativa dos juros básicos da economia. Enquanto isso não ocorre,  o crescimento econômico não virá, e teremos períodos de encolhimento econômico agravando ainda mais a situação econômica e aumentando o desemprego, afirma o Nesse..

De forma específica, é feita a seguir análise detalhada por grupo, das principais variações apuradas:

Grupo Habitação: Foi apurada inflação de 0,10%, no mês. O aumento dos equipamentos do domicilio em 0,93% bem como artigos de cama mesa e banho com 4,43% foram os destaques deste grupo.

Grupo Alimentação: Apresentou inflação de 0,46%, tendo por principais causas a elevação dos preços de: produtos industrializados 0,87%, carnes bovinas 3,75%, legumes 5,28% e ovos 0,92%. Em termos de acumulado a alimentação atingiu inflação de 5,4% no ano.

Grupo Transportes: Constatou-se inflação de 0,50%, tendo por motivação principal os aumentos do preço dos automóveis em 1,32%.

Grupo Despesas Pessoais: Houve deflação de -1,08% verificando-se forte queda no preço de viagens -10,35%, e show -6,5%. Nos demais itens houve oscilação para mais e para menos prevalecendo os itens em queda.

Grupo Saúde: Foi apurada deflação de -0,17% devido à queda de preço nos remédios em -0,49%. Os produtos farmacêuticos também tiveram redução de preço, da ordem de 3,75%.

Grupo Vestuário: Apresentou forte inflação de 3,08%, tendo por principal motivador o aumento de preços das roupas de criança em 9,79%, roupas de homem 2,42% e calçados com 6,3% em média.

Grupo Educação: Constatou-se a elevação dos preços de livros didáticos 3,89%, do material escolar em 2,28% e das mensalidades 0,54%.