NESE/Unisanta divulga inflação de dezembro em Santos

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) para a cidade de Santos, no mês de dezembro, apresentou inflação de 0,22%, percentual que eleva a inflação acumulada a 5,05% que conforme previsto ultrapassou os 5% no ano. Destaca-se a alimentação como um dos grupos que mais contribuíram para a alta da inflação acumulada chegando a 11,55% no ano. A informação é do Núcleo de Pesquisas e Estudos Socioeconômicos da Universidade Santa Cecília (Nese/Unisanta).

De forma específica, é feita a seguir análise detalhada, por grupo, das principais variações apuradas:

– Grupo Habitação: Apresentou inflação de 0,32%, destacando-se o subgrupo de equipamentos do domicilio com 2,13% de aumento médio. Os artigos de cama, mesa e banho tiveram participação relevante com 12,8% de reajuste. O grupo habitação teve inflação acumulada de 5,51% no ano.

– Grupo Alimentação: Pode ser considerada a grande causadora da elevação da inflação do ano,  no mês, apurou-se aumento de 1,19%, tendo por motivadores os produtos semi-elaborados com 2,51% no mês e  os produtos in-natura com 2,13%.

No acumulado do ano destacaram-se itens como a carne bovina com aumento de 37,3%, a carne suína com 40,6%, açúcar com 32%, o frango com 23,6% e o feijão com 79,7%. A relação de itens com aumentos superiores à média da inflação é extensa o que justifica o aumento médio anual da alimentação em 11,5%.

– Grupo Transportes: Foi um dos grupos que apresentou deflação no mês  de -0,29% e que no acumulado do ano, teve pouca contribuição para a inflação geral com aumento médio de 1,42%. O grupo transportes teve alguns itens que subiram de forma mais agressiva como, por exemplo, o custo do estacionamento com 15,9% e a lavagem de veículos com 11,8%, mas no geral os aumentos foram pequenos ou até inexistentes como é o caso do diesel com 0,45% no ano.

– Grupo Despesas Pessoais: Constatou-se também deflação no mês de -0,37% mas no acumulado apurou-se elevação de 6,37%, ou seja, contribuiu de forma significativa para a inflação da região. Os itens que mais subiram no ano foram  as bebidas não alcoólicas e as bebidas alcoólicas com 11,05% e 11,17% respectivamente, e os serviços pessoais (exemplo manicure e pedicura) com 18,47%.

– Grupo Saúde: Apresentou pequena inflação de 0,07% no mês, e em termos de acumulado teve efeito pequeno na inflação sendo apurado 1,81% de crescimento.

– Grupo Vestuário: Apurada nova forte inflação de 0,88%, desta vez puxada pela elevação do preço das roupas de criança com 6,48%. No entanto no acumulado do ano o grupo vestuário contribuiu para a queda da inflação. O setor têxtil e calçadista certamente está sentindo os efeitos dos produtos importados que chegam com preços cada vez mais reduzidos.

– Grupo Educação: Houve pequena inflação no mês de 0,21% devido à influencia pela elevação do preço dos livros didáticos em 7,34%. Em termos de acumulado no ano, o grupo teve aumento de 5,5% aumento este, influenciado pelas mensalidades escolares 5,9%, bem como dos livros didáticos com 8,67%.

O IPC – NESE tem por referência o consumo familiar para famílias com renda até 40 salários mínimos.