A importância internacional do espaço de pesquisas foi ressaltada pela presidente da Universidade, dra. Lúcia Teixeira e pelo pró-reitor Administrativo, Marcelo Teixeira.
O Herbário Científico da Universidade Santa Cecília (Unisanta) realizou, nesta quarta-feira (20) o evento Café com Botânica, em homenagem aos 20 anos de fundação do espaço. A solenidade aconteceu das 10 às 14 horas no Consistório da Instituição.
A presidente da Universidade, dra. Lucia Teixeira, referiu-se à importância internacional do Herbário Científico. “O espaço tem feito muitas pesquisas e catalogado diversas espécies, algumas até novas, o que representa um avanço científico. Foram identificadas mais de treze mil espécies nesses vinte anos”. Lembra que o Herbário pode ser acessado virtualmente e que ele faz parte de uma instituição internacional ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia e também a outras entidades internacionais que atestam a sua qualidade.
“O mundo inteiro tem acesso a essas pesquisas que são organizadas por nossos alunos com a coordenação da coordenadora, professora Zélia de Melo. É um trabalho muito importante e sólido e tem como respaldo entidades como o Instituto de Botânica, Conselho de Biologia e muitas outras, formando alunos e pesquisadores de muito nível”, completa Lucia.
Marcelo Teixeira, pró-reitor administrativo da Unisanta, diz que o Herbário foi de fato não apenas planejado, mas criado e montado com muito amor. “Foi pensado em qual seria o ponto mais importante e interessante no Complexo Educacional para que o herbário pudesse ser, hoje, não só um destaque para aquelas pessoas que frequentam o Campus, como para aquelas que visitam a Universidade, e que hoje pudesse ser uma referência internacional”, afirmou o pró-reitor.
“Chega até a ser emocionante ver toda uma luta de tantos anos, principalmente na área de Ciências e Tecnologia, passando por tantas etapas da Biologia, da Química e tantas outras, formando gerações vitoriosas que engrandecem o nome do Santa Cecília e principalmente o lado da pesquisa e do desenvolvimento humano, científico e tecnológico”, concluiu Marcelo.
30 anos de coletas
Zélia Rodrigues disse que o surgimento do Herbário foi baseado no que foi visto em outros lugares. “Fiquei praticamente dez anos coletando e juntando as minhas plantas. O Herbário comemora vinte anos de existência mas, por causa dessa fase citada anteriormente, são trinta anos de coleta”. Zélia lembra que muitos estagiários do Herbário atualmente são doutores e mestres pelo Brasil.
Ela conta que esse é a segunda edição do Café com Botânica no Brasil e que há o planejamento de transformar esse evento em algo nacional. Sobre a ligação com o Museu do Café, lembra como aconteceu: “Como o café, da família rubiaceae , tem tudo a ver com a botânica, fui atrás de alguém que pudesse falar de café. E temos na nossa cidade o Museu do Café, com o qual a dra. Silvia Teixeira e eu entramos em contato. Desse namoro, acabou resultando nesse casamento”.
Olga Yano, mentora da fundação do Herbário, diz que a importância da existência do local mostra que a pesquisa está sendo feita e que esse material está sendo preservado. “Se for o caso desse material desaparecer da natureza um dia , temos o conteúdo armazenado para mostrar a variedade e a diversidade do que existia no meio ambiente”.
O doutor Odair José de Almeida, professor de Morfologia Vegetal e Sistema Vegetal da UNESP (Campus Litoral Paulista), pesquisador de cactos, conta que o Herbário, por ser o único da Baixada Santista, possui uma localização importante. “Estou aqui na região há pouco mais de três anos e, como eu trabalho com morfologia vegetal, é importante que você tenha uma fonte de consulta como o Herbário tanto para plantas que já foram coletadas anteriormente como para depositar material “.