Como parte integrante da disciplina Desenho Universal, o curso de Arquitetura e Urbanismo promoveu uma atividade interativa no início do mês de fevereiro, que consistia na locomoção dos alunos de primeiro ano portando vendas nos olhos e órteses. O produto final foi uma vivência sucinta das dificuldades rotineiras da deficiência visual, terreno fértil para ideias criativas aplicáveis a futuros projetos arquitetônicos dos estudantes.

A atividade, que aconteceu em uma quinta-feira (13/02), teve a coordenação da Profa. Alda Paulina dos Santos, que ministra a matéria de Desenho Universal, implementada no curso de Arquitetura e Urbanismo segundo determinação do MEC, no final de 2019. A docente define tal exercício como fundamental para os futuros profissionais: “Nesta vivência, foi realizado percurso dentro e ao redor da universidade, onde foram utilizadas órteses como cadeiras de rodas, muletas e bastões para auxílio à locomoção, pois foram utilizadas vendas para que os alunos pudessem vivenciar a deficiência visual”, explicou Alda.

A interação precoce dos calouros de Arquitetura e Urbanismo com a realidade de deficientes físicos nas cidades brasileiras tem tanta relevância social que a disciplina de Desenho Universal foi introduzida pela Lei de Inclusão, que estabelece a possibilidade da utilização, por qualquer indivíduo, de todas as edificações, construídas ou em construção, como necessária por todo o território nacional, assim como pelo decreto 9451, de 26/07/2018, que entrou em vigor no dia 01/01 deste ano e estabelece que: as unidades residenciais autônomas de edificação de uso privado multifamiliar devem ter características construtivas que permitam a sua adaptação sem que sejam afetadas a estrutura da edificação e as instalações prediais.