Encontro virtual e lançamento do e-book da obra “Croquis de Pagu” marcam a data
Patrícia Rehder Galvão, Pagu, nasceu no dia 9 de junho de 1910 e faleceu em Santos no dia 12 de dezembro. Os anos passam, mas Pagu continua sempre atual com seus escritos e legados de uma vida à frente do seu tempo e com suas lutas em defesa da liberdade. Jornalista, mulher precursora, musa modernista do Movimento Antropofágico, militante política, incentivadora cultural, moderna e pós-moderna em sua obra e vida, Pagu sempre esteve à frente de seu tempo. Portanto, nada mais justo do que relembrá-la durante este mês.
A primeira atividade será um encontro virtual no dia 8 de junho, às 19 horas, com a participação da escritora Lúcia Teixeira, biógrafa de Pagu e fundadora do Centro Pagu Unisanta, de Rudá K. Andrade, neto da musa modernista, e do ator Sérgio Mamberti abrindo o Ciclo Pagu Vive – Transgressões Femininas no YouTube do Sesc Carmo. A participação é gratuita.
A biógrafa de Pagu debaterá aspectos da vida e obra de Patrícia Galvão, mulher precursora e transgressora de si mesma, abordando o fio narrativo de sua história, em diálogo entre a história do período em que viveu e os dias atuais. Rudá K. Andrade falará sobre o legado da avó, e Sérgio Mamberti, sobre sua influência que marcou gerações.
Lúcia destaca que Pagu, mesmo sem ter desenvolvido uma carreira artística, foi uma personalidade rara: “Rebelde e inovadora na vida, na arte e na cultura, em todos estes domínios: jornalismo, poesia, romance, desenho, crítica de artes, política militante, dissidência política. Além de incentivadora da cultura, foi mulher precursora”.
Ainda neste mês está programado o lançamento em e-book do caderno “Croquis de Pagu”, lançado em 2004. A versão digital é uma coedição das editoras Unisanta e Cintra. Essa publicação faz parte de uma trilogia da escritora Lúcia Teixeira, que estudou a fundo vida e a obra de Pagu. Os outros dois livros são “Pagu – livre na imaginação, no espaço e no tempo” (1988) e “Viva Pagu”, fotobiografia publicada em 2010.
Lúcia Teixeira selecionou todo o material de pesquisa recolhido desde 1988, quando iniciou a publicação de seus livros sobre o tema, e montou em Santos o Centro Pagu Unisanta, com mais de três mil documentos (cartas inéditas, inclusive), fotos e objetos de Patrícia e do período em que ela viveu, até falecer em Santos, em 1962.
Informações sobre Pagu estão no site www.pagu.com.br