A menina Lumi é de Okinawa, ilha localizada no Japão, e devido à necessidade de trabalho de sua família, veio para o Brasil na primeira embarcação do navio Kasato Maru, desembarcando em junho de 1908, em Santos. A passagem da imigrante nipônica e suas aventuras ao longo de sua vida na Cidade, contadas através de imagens e textos, são os chamarizes da exposição Lumi: Uma vida entre dois mares, que ocorre até dia 28 de agosto, na Galeria de Arte Gilda Figueredo, situada no Bloco M da Universidade Santa Cecília (Unisanta).
O trabalho foi coordenado pela professora do curso de Artes da Unisanta, Ana Kalassa El Banat. As pesquisas e a criação são de Joyce Farias, LigiaBoppre, MariseEscobar, todas ex-alunas da Universidade. A exposição faz parte do programa Mar de Sonhos – A presença japonesa em Santos, ação cultural do Portogente. O site é o
www.portogente.com.br/mardesonhos/histórias.php.

O material para a produção das obras foi variado, com a utilização de técnicas de pintura em papéis de jornal e revistas, desenhos feitos à mão e panos recortados, através de técnicas de colagem de diferentes naturezas. Além das mais de 90 imagens criadas pelos artistas, o visitante pode acompanhar toda a história da pequena Lumi e sua família com textos que auxiliam o entendimento das imagens.
A história foi desenvolvida a partir de entrevistas realizadas com famílias japonesas que imigraram para Santos. Ao longo dela, a personagem Lumi conta como foi sua ambientação na Cidade e no País, passando também pelas dificuldades do final da década de 30, começo da de 40, quando os japoneses passaram a ser perseguidos no Brasil, devido à Segunda Guerra Mundial.