“Não podia ser melhor”, disse a estudante Caroline Gomes, que acompanhou o evento e aprovou a abertura do CINEME-SE 2009. O clima parecia tenso no foyer do SESC Santos, a performance de Erika Karnauchouvas, como o anjo negro, deixou alguns espectadores apreensivos. Mas ao dividir o palco com as atrações do Festival, o público se sentiu mais à vontade e com olhares atentos a cada detalhe.
A reitora da Universidade Santa Cecília (Unisanta), Sílvia Ângela Teixeira Penteado falou sobre a importância de apoiar um evento como o CINEME-SE. “O cinema é fascinante. E aqui no CINEME-SE é possível criar, realizar, experimentar e viver o cinema, tudo isso é muito gostoso, para cada um de nós”, afirmou.
O presidente da Associação Cultural Vontade de Ver (V²) e coordenador do Cineclube Lanterna Mágica, Eduardo Ricci,salientou a expectativa para o festival neste ano. “É necessário não racionalizar, deixar fluir, experimentar o cinema, como é a proposta do CINEME-SE”, disse.
Após às apresentações oficiais a banda Noizquatro entrou em cena. Um grupo dirigido pela professora de Artes Visuais da Unisanta, Erika Karnauchouvas, fez um espetáculo que encantou o público, pois os olhares estavam atentos a cada movimento. A Flor e Trapo presenteou quatro dos espectadores presentes, mas para isso era necessário contar sobre algum filme, que tenha marcado pelo figurino, tema do festival.
Enfim, o grande momento chegou, a exibição de três curtas-metragens, da sessão CINEME-SE. Os três filmes exibidos foram: “Dossiê Re Bordosa”, uma animação cômica muito bem feita, sobre a história de Rê Bordosa, uma mítica mulher do submundo. “Blackout”, em que dois assessores do Parlamento brasileiro, resolvem fumar maconha em uma sala esquecida em Brasília, e fazem assim muitas revelações, uma historia preocupante e muito engraçada. O último curta da noite foi “Calango Lengo – Vida e morte sem ver água”, outra animação muito bem feita, que mostra a realidade do sertão do Brasil. Os três curtas empolgaram a platéia, os olhos vidrados nos três telões que estavam instalados, muitos sorrisos e risadas descontraídas.
A última atração da noite foi uma apresentação de dança flamenca, que possui um figurino bastante peculiar. A platéia ficou muito animada, muitos espectadores batiam com o pé no chão, acompanhando o ritmo da música. A estudante Ana Márcia Fernandes, que estava na platéia, gostou do que viu. “Foi lindo! Do início ao fim tudo estava ótimo, os curtas estavam muito bons e o final foi maravilhoso, eu pretendo vir nos próximos dias”, afirmou.
Estiveram presentes na abertura do festival: Renato Oliane, gerente adjunto do Sesc Santos; Eng. Dr Antônio Penteado, diretor das Faculdades de Engenharia da Unisanta; Professor Fabião, biólogo e vereador de Santos; Toninho Dantas, diretor do Curta Santos; Cibele Fernandes de Oliveira, bibliotecária da Unisanta; Professor Luiz Nunes, coordenador do NEPOMT e Ricardo Vasconcelos, técnico cultural da Oficina Cultural Regional Pagu.
Fotos: Vanessa Goes