Aluna de Produção Multimídia da Unisanta realiza evento sobre a violência contra as mulheres no MIS

151

Evento é organizado por uma aluna do 2.º ano  do curso de Produção Multimídia da Universidade Santa Cecília (Unisanta) e por um grupo de produtores de São Paulo. O Chega!, observatório da violência contra a mulher na região da Baixada Santista – núcleo Unisanta, também faz parte do encontro.

Por Luís Henrique Santana

Na próxima sexta feira (18), a partir das 18 horas, no Museu de Imagem e Som (MIS), acontecerá o evento “Um ato: adeus”, que questiona o perdão das mulheres dentro de relações abusivas que as mantêm próximas de seus agressores. A apresentação será aberta ao público. Organizado pela aluna do 2.º ano do curso de Produção Multimídia da Unisanta, Shadiyah Becker, em parceria com a Lamarr Produções e com a participação de artistas de São Paulo do coletivo Produtora Olho Vivo.

Encerrando as exposições, haverá um debate com as artistas Shadiyah, Rute Oliveira junto com o observatório CHEGA!, projeto multidisciplinar organizado por alunos e professores de Produção Multimídia e Jornalismo da Unisanta, que visa informar, mapear e ampliar o debate sobre a violência contra a mulher na Baixada Santista. O objetivo aqui é promover um espaço de troca de percepções e a partir disso levantar questões e reflexões sobre as obras e a vivência da mulher. A professora Raquel Alves, do curso de Jornalismo da Unisanta, representará o Observatório CHEGA! no debate.

Sobre o evento – A obra “Um ato: adeus” será dividida em três partes. A primeira será uma exposição com quadros de autoria de Rute Oliveira e Camila Abecassis, integrantes do coletivo Olho Vivo. Aqui, o material usado é o papel vegetal, giz pastel e algumas técnicas mistas explicitadas nas imagens. O objetivo principal das artistas plásticas é emitir mensagens sobre a luta das mulheres numa sociedade machista e misógina. A artista Paula Santos também fará uma instalação com fotografias no mesmo estande.

Concluindo a primeira parte, haverá um vídeo arte de concepção de Shadiyah e Rute, intitulado “Minha mãe nunca me bateu”. O vídeo traz uma série de falas comuns de homens abusivos misturadas com cenas de violência contra a mulher e com trechos da peça “Convite ao adeus”.

Em seguida, às 19h, teremos a estreia do curta “São Paulo nunca foi tão bonita”, dirigido por Shadiyah e Lamar Produções. O curta conta a história de uma jovem mulher que se sente presa em sua própria vida. Em meio ao excesso sufocante que a jovem moça vive, ela procura algo que a faça se sentir viva e, inesperadamente, encontra a felicidade ao seu lado.

Na sequência, entram os curtas-metragens organizados pela Olho Vivo. Abrindo a série, “A ordem das coisas nunca foi em vão” é um curta-metragem de 3:49 minutos, que fala sobre a falta de espaço dentro da rotina do paulistano e todo o seu consumo excessivo e o mal que isso faz à sociedade. “Flores Amarelas” relata a vida de Isabel, que convive um momento conturbado em seu relacionamento com seu namorado. Entre muitas brigas e decepções, ela conhece uma garota que desperta o seu amor, mergulhando naquilo que se tornou seu refúgio em meio ao seu suplício.

Conduzida pela fala de 4 mulheres de diferentes bagagens, o curta “Aldeias Mortas” disseca as percepções e memórias de São Paulo, pela fala dessas moças, que comentam suas frustrações e sentimentos. Fechando a mostra de curtas, “Som das Mulheres” é um vídeo de menos de um minuto, cujo principal objetivo é trazer palavras de ordem de mulheres convidando “outres” à ação política.

Principal atração do evento, a performance “Convite ao adeus” debate, através da delicadeza do gesto, da dor metafísica e do feminicídio que as performers criarão, um ambiente acolhedor para todas as mulheres dizerem um “basta” a qualquer relacionamento abusivo. Aqui, as artistas serão Shadiyah Becker e Glaucia Marina. “É uma performance forte e queremos muito ter contato com o público, nossa primeira apresentação aberta desde que a pandemia começou”, fala Shadiyah , que também diz se sentir muito animada com a apresentação.