Desde 2007 Marcos vive nos Estados Unidos como Diretor de Arte. Ganhou diversos prêmios, foi indicado ao Emmy e também produz para emissoras da Itália, Índia e Turquia.
Marcos Monteiro Vaz, de 38 anos, formado em Publicidade e Propaganda pela Universidade Santa Cecília em 1999, hoje vive nos Estados Unidos como Diretor de Arte freelancer. No currículo são diversos trabalhos para as maiores emissoras de televisão do mundo, mas foi a Unisanta que o ajudou a solidificar na profissão.
Sua carreira começou ainda na faculdade, quando fez estágio em uma produtora em Santos, a Double Click, que hoje é a Black Maria. Formado, foi para São Paulo para ser editor e design na TV Senac, onde aprendeu sobre o mercado televisivo.
Após sua passagem, Monteiro foi para a Traffic Sports. Lá trabalhava produzindo pacotes esportivos para o mercado internacional. “Nessa época, já era Diretor de Arte da área de vídeo e transmissão. Além de já trabalhar com o mercado internacional, a experiência com esportes foi fundamental para o desenvolvimento da minha carreira, já que hoje sou reconhecido como um dos melhores designers de esportes para a televisão”, orgulha-se o ex-aluno.
Na empresa, ele ficou responsável pela produção (abertura, logomarca e vinhetas) do primeiro programa “O Aprendiz”, na Record, estrelado por Roberto Justus. Em 2005, foi convidado pela emissora para ser um dos diretores de arte da casa. “Enquanto estava lá, mandei meu repertório para um site nos Estados Unidos. Meu portfólio foi muito bem recebido pela comunidade internacional. Em questão de meses, já tinha duas propostas de emprego no exterior”, explica.
Em 2007 mudou-se para Califórnia, nos EUA, após assinar com o estúdio 3 Ring Circus, de Los Angeles. “Fiquei 3 anos na empresa, produzindo para emissoras de TV ao redor do globo. Fui agraciado com um troféu “Promax Internacional” e indicado a outros troféus de promoção televisiva tanto nos Estados Unidos quanto em outros países”, lembra.
Três anos depois fundou a Superlativ, em solo americano, em parceira com Marcel Ziul. Até 2013, produziram para emissoras dos EUA, Brasil, Itália, Turquia e Índia. “Nessa época fomos indicados ao EMMY pelo pacote gráfico do talk show ‘Dr. Phil’”.
Para focar em projetos de conteúdo como filmes e série, em 2013 se desfez da Superlativ. Desde então atua como Diretor de Arte freelancer ao mesmo tempo que produz e tenta emplacar projetos de filmes.
“Desde minha vinda aos EUA, trabalhei para as maiores emissoras de TV do mundo: ABC, CBS, FOX, CW, Mediaset, PBS, NFL, NCAA, Discovery, Nat Geo, Meydan, TRT etc. Só não trabalhei para a Globo ainda”, brinca.
Desafios
Todo o sucesso só foi possível após superar diversos desafios ao longo da carreira. “Na época que entrei na faculdade, minha primeira entrevista de estágio foi aterrorizante, eu suava frio. Quando fui para a São Paulo, já tinha uma carreira estável em Santos. Me questionava se valia a pena. São Paulo era grande e agressiva. Não sabia se era bom o suficiente para estar ali”, relembra.
Os questionamentos não cessaram. Um dos maiores desafios foi quando teve a oportunidade de se aventurar no exterior. “Tinha uma carreira sólida na Record, ganhava muito bem para o padrão brasileiro. Pensava: ‘valia a pena sair (do Brasil)? Recomeçar em um país que não dominava a língua? Sem amigos e parentes para dar suporte? E será que o repertório que tinha era suficientemente bom para os padrões internacionais?’”.
Quando ajudou a fundar a Superlativ novamente abriu mão da estabilidade em busca do desconhecido, assumindo contas em um País em que mal tinham uma carreira estabelecida. “Me lembro até hoje: eu e meu sócio esperando nosso primeiro cliente em uma antessala, com laptop na mão, checando os últimos detalhes da apresentação e com os cartões de visitas recém impressos no bolso. Se não fechássemos com ele, a empresa nunca sairia do papel. Eu secava o suor frio enquanto recordava aquela mesma entrevista de estágio no início da carreira”.
Hoje é freenlancer e prepara o lançamento de uma emissora de Jornalismo na Turquia, a Meydan, com previsão de estreia para o fim de 2016. À Faculdade ele credita os conceitos de Marketing aprendidos durante o curso. “Eles foram essenciais para ‘vender’ minhas ideias. Consegui solidificar meu caminho”, finaliza.